segunda-feira, 26 de março de 2007

Sleeping Away

Imagine que você foi dormir normalmente e em horário adequado ontem à noite. Contudo você acordou não sabe a que horas da madrugada, não tinha nada para pensar, ficou contando carneirinhos, depois pardais, depois ursinhos polares, depois coelhinhos e quando a fauna terrestre já estava no fim você cerrou naturalmente os olhos e começou a mergulhar em um doce sono.

Mas já era tarde. O sol ameaçava surgir e o fdp do despertador tocou. Então você vai para o escritório e fica se sentindo assim na cadeira de trabalho. O próprio Garfield em plena segunda-feira.

Então por favor: não me telefone, não venha no meu escritório, não me chame no msn, não espere respostas de e-mails urgentes de mim, nada. Aliás, não sei nem porque você abriu esse blog hoje. Feche e deixe-me dormir. Grato.

domingo, 25 de março de 2007

Bailando per un sueño

O tio é um saudosista. Embora não tenha vivido os tempos gloriosos dos grandes bailes de salão, passei boa parte da adolescência freqüentando a Toco, a Contramão, a Ponta, a Cris e tantas outras "discotecas" (era assim que se chamavam) da Zona Leste. Bons e doces tempos.

Usava-se a expressão "ir ao baile" entre a molecada. Minha preferências por essas casas que citei vinha obviamente do tipo de som funk que elas detonavam nas pistas. Mas o baile era dividido em três sessões. Na abertura, o DJ detonava uma pilha de efeitos sonoros com fumaça de gelo-seco, vinhetas e rifs de músicas conhecidas que se faziam seguir por uma coletânea bombástica de batidas pra dançar aos sons da melhor qualidade das grandes bandas e os melhores cantores mundiais. Destaque para Michael Jackson, KC & The Sunshine Band e Earth Wind & Fire que jamais poderiam faltar.

Depois de uma hora e tanto de passos sincronizados que ensaiávamos em grupo e performances "no meio da roda" que era quando a turma abria para cada um fazer sua graça por um ou dois minutos ao centro, vinha uma seleção de músicas românticas. Aí era o bicho. Quem era esperto, já ciscava o par para essa dança desde o início do baile e marcava a ponta em um canto determinado para a hora da "seleção de lentas". Aí tome melódicas do The Manhattans, Marvin Gaye, Betty Wright, Air Supply, Kenny Rogers com Diana Ross e outro tanto de musiquetas que, se eram tão breguinhas quanto um Roberto Carlos, tinham uma pegada de som lento-balançante que nos permitia dançar de rosto e corpo coladinho em uma ginga sensual, mas que chegava a ser ingênua para os padrões depravados de hoje. Esse jeitinho de dançar colado foi o que se chamou de cheek-to-cheek. Uma delícia, de tal forma que não queríamos que acabasse mais e de vez em quase sempre me valia um beijo bem molhado da parceira a quem não necessariamente não iríamos ver depois desse baile. Eram praticamente encontros únicos, embora às vezes rendessem namoros. A molecada de hoje que se julga esperta no vazio do "ficar" com qualquer um em qualquer lugar, nada sabe que o ficar daquela época já existia, porém era recheado de muito mais romantismo e sensações do que os atuais.

Na terceira rodada, acabadas as lentas, começava outra leva de balançantes para pôr a casa abaixo. Sem repeteco da primeira jamais os DJ´s lascavam mais funk, disco e do eletric house que começava a nascer a partir de bandas que descobriram os samplers com uma batida mais aceleradinha. Muito bom mesmo. O tio tem uma coleção invejável de vinis, K7´s e agora a maioria em .mp3 dessas levas de sons.

Well, vou procurar na internet onde é que se pode dançar boas músicas com uma canja para um rostinho colado e uns beijos bem gostosos aqui em Sampa. Desta vez, obviamente irei com a Tia Darling, o que tornará o evento mais gostoso, intimista e cúmplice. Se você tiver alguma sugestão legal, escreva para o tio.

Um curso de "dança de salão" não será uma má idéia também. Vou dar uma olhada nisso...

sexta-feira, 23 de março de 2007

Dobradura conspiratória

Essa é uma brincadeirinha idiota que o tio recebeu em um dos malditos e-mails powerpoint. Eu ia deletar, mas o cara que me passou estava aqui no escritório usando outra mesa e, após passar, ele mesmo veio exibir. Tudo bem que até achei legal.

Material necessário: uma cédula de vinte dólares.

Dobre a grana como abaixo:

Certo, agora dobre assim:
Muito bem. Agora dobre como se fosse fazer um aviãozinho.

Certo, abstraia (bem pouco) e me diga: Não parece o Pentágono em chamas?


Tá bom, foi meio forçado. Mas então vire a nota do outro lado. O que parece?


Torres?

Agora vamos fazer uma sanfoninha inclinada com a nota. Já viu esse nome?


Ei. virando a nota aparecem outras letras. Leia de trás para a frente.


E agora o pior: você sabe das origens da cédula de vinte dólares? Quem a desenhou? Então procure... Só posso dizer isso até aqui, porque tem uns caras estranhos entrando no meu escritório agora... ugh... meu pescoço... socor...

sábado, 17 de março de 2007

Carta ao amigo Joseph Ratzinger

À
SUA SANTIDADE PAPA BENTO XVI

PIAZZA DI SAN PIETRO - VATICANO
ROMA-ITÁLIA

"Se a Eucaristia exprime a irreversibilidade do amor de Deus em Cristo pela sua Igreja, compreende-se por que motivo a mesma implique, relativamente ao sacramento do Matrimônio, aquela indissolubilidade a que todo o amor verdadeiro não pode deixar de aspirar. Por isso, é mais que justificada a atenção pastoral que o Sínodo reservou às dolorosas situações em que se encontram não poucos fiéis que, depois de terem celebrado o sacramento do Matrimônio, se divorciaram e contraíram novas núpcias. Trata-se de um problema pastoral espinhoso e complexo, uma verdadeira praga do ambiente social contemporâneo que vai progressivamente corroendo os próprios ambientes católicos."

(Trecho do documento "Sacramentum Caritatis" recém-publicado pelo Vaticano)
Santidade:

Vossa encíclica sobre o sacramento do amor é deveras bonita. São comoventes as vossas iniciativas, no intuito de melhorar a humanidade e tornar a convivência humana mais justa. Também são notórias e nobres as vossas admoestações, sempre preocupadas com o bem-estar de vosso rebanho, dos demais rebanhos que não são vossos e, penso eu, daqueles que não pertencem a nenhum dos rebanhos identificáveis. Decerto que vós pensais e orais por todos. A propósito, antes de mais nada, permita-me identificar-me como sendo da categoria dos sem-rebanho. Ser pensante que me julgo - contando com vosso perdão - nada mais tenho em semelhança às reses de nenhuma espécie. Embora, como muitos saibam, no passado eu tenha pertencido à vossa instituição de modo engajado e sincero. Mas os estudos da Filosofia, da Teologia, das Ciências Sociais e outras tantas, me tentaram ao pecado capital da soberba. Temo ter me tornado um ser crítico, ácido, arrogante e presunçoso.

Dito isto, neste momento tento esmiuçar os pensamentos e conceitos que permeiam o vosso recente pronunciado doutrinário. Claro que respeitando e partindo de vossas próprias premissas, baseadas na compreensão do Cristo e das palavras a ele atribuídas. Não é fácil para mim, já que vós e vossos auxiliares praticamente deteis o monopólio da inspiração divina e do discernimento da palavra. Por isso, sei que sou imperfeitamente movido pelos meus escassos estudos e pelo meu limitado senso.

Falastes do amor de Cristo em comparação à "... sacramento do Matrimônio, aquela indissolibilidade a que todo amor verdadeiro não pode deixar de aspirar...". Impossível não sentir a precisão dessas palavras. Mas veja, Cardeal, falais de aspiração. Haverá coisa mais imperfeita do que um sentimento humano? Convenhamos, Santidade. Lembrais de que não falais de vós e de vossos pares, privilegiadamente inspirados pelo Criador, mas sim de criaturas dos últimos escalões. Como há de ser possível conseguirmos construir entre cônjuges amor tão perfeito quando aquele supra? Sois servidores hierarquizados do Criador e não tendes a menor idéia de o que é dividir contas a pagar, administrar dinheiro escasso, educar crias, defender a moradia, pagar impostos e outras tantas agrúrias humanas. Se eu puder sugerir uma modificação no vosso documento, acrescentai na frase acima: "..., compreendendo que aspirações não são plenamente estáveis, dentro das limitações humanas". Tudo bem? Ponhais na vossa próxima edição revisada.

Vós também mencionastes que "... atenção pastoral que o Sínodo reservou às dolorosas situações (...) se divorciaram e contraíram novas núpcias" Olha, aí não sei não. Primeiro ajudai-me na memória, porque passei pela faculdade de Teologia há quase duas décadas, mas Sínodo não se refere a bispos? Então explicai uma coisa: há entre vós, bispos ungidos, algum que já tenha sido casado e contraído novas núpcias? Ou pelo menos vos reunistes para ajuizar essas coisas, consultando leigos de vosso rebanho em tal situação? Porque está estranho o uso do adjetivo dolorosas. Não caiu bem no documento não, Santidade. Pelo menos até onde conheci, casais separados e com novos cônjuges estiveram um dia em situação dolorosa. Foi por isso que decidiram ser melhor ficarem longe um do outro.

Permitai-me revelar-vos uma coisa: é horrível fazer votos de amor eterno a alguém e depois descobrirmos o erro. Até nesse ponto o adjetivo relativo à dor se aplica. Mas é comum nas novas núpcias pessoas viverem felizes, amadurecidas pela experiências anteriores, talvez por terem sido mais criteriosas na escolha do segundo nubente. É sério Santidade. Procurai nos salões paroquiais e vereis alguns casos. Ah é. Esse é um segredinho de sacristia: muitos deles continuam gostando de vossa igreja freqüentando-a e servindo-a. Até comungam nas vossas missas. Se não acreditais é porque tendes estado por demais ocupados com os vossos ofícios sagrados. Pode estar faltando a vós um resgate do convívio paroquial. Quereis uma prova?

Quando seu antecessor veio ao meu país foi homenageado por um cantor, de nome Roberto Carlos juntamente com a esposa. Pesquisai nos vossos arquivos eclesiásticos, acerca do estado matrimonial dele. E digo mais: na esmagadora maioria dos casos os vossos padres sabem e levam na boa, vedes? Não hei de citar nomes porque não sou X9 nem tenho dedo de seta, Santidade. Mas juro sobre a Bíblia. Sei lá como Deus vê isso, pois só Vossa Santidade haveis de ter o e-mail, o msn e o celular do Criador. Nem sei se Ele de fato se importa, pois consta que o Santo Filho d'Ele teria dito "não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que estão enfêrmos" (Lc 5,31). Então, dentro do vosso inspirado veredito de que "Trata-se de um problema pastoral... uma verdadeira praga ... que vai progressivamente corroendo os próprios ambientes católicos" vai ver que eles - os acometidos da praga do segundo casamento - hão de estar certos em freqüentar a vossa igreja e tomar a Eucaristia na missa. Acompanhando vosso inspirado raciocíonio é o que parece.

À mim resta viver à margem de vossa conceituada instituição, mas mais por opção. Não que eu não seja um homem de fé, Santidade. Mas minha fé mudou com o passar dos anos. Desde quando eu decidi abandonar vosso rebanho, ainda no reinado do vosso antecessor, muitas coisas me aconteceram. Do resumo de todas elas, decidi pensar que não sou res para nenhum rebanho. Tive um casamento - realizado somente perante o poder secular - e depois descasei-me. Tivemos dois filhos, dos quais vivo um pouco distante, inclusive por razões geográficas. Na sentença do divórcio a explicação foi aquela padronizada: incompatibilidade de gênios. Essa parte foi mesmo dolorosa, Santidade. O adjetivo se aplica.

Tempos depois conheci outra criatura em semelhante situação à minha, por quem me apaixonei. Decidimos viver juntos, embora não tenhamos comunicado à vossa burocracia eclesiástica, e desta vez nem aos potestados seculares. Fizemos os votos às sós, olhando nos olhos um do outro, e nos consentimos mutuamente. Decidimos conceder-nos uma segunda chance de construir uma vida feliz. Na fusão de vidas, herdei um filho do outro casamento dela. Santidade, eu só não ganho na mega-sena. O rapaz é o filho que todos sonham. Só não vou descrevê-lo a vós, porque foge ao objetivo desta missiva. Mais recentemente, há cinco anos e meio, tivemos em comum uma filha. Minha mulher fez questão de apresentá-la a Deus, mediante o sacramento do batismo em vossa igreja. Não me opús, nem teria razão para tal, grato que sou pelos bons princípios que aprendi de vossa sagrada instituição.

Não tivemos entraves decorrentes de nossa situação irregular. Os padres daqui da periferia são gente boa e parecem não esquentar muito a cabeça com vossas inspiradas encíclicas e regras canônicas. Para mim tanto faz. Independente das opções religiosas ou laicas que meus quatro filhos venham a fazer, só pretendo que sejam seres críticos, conscientes, pensantes e sobretudo caridosos. Sacramentvm Caritatis, não é papa? Portanto eu já aviso a vós que é bem provável que a caçula seja a menos propensa a se curvar diante de vossa conceituada hierarquia. De genética ovina eu e ela não parecemos ter nada. E também porque vós insistis em manter-vos na mais anacrônica estrutura monárquica da qual se tem notícia. Mas até lá, pode ser que tenhais mudado, embora eu ache difícil. Poder envolve muita gente, estruturas e essas coisas que vossos leigos e também nós laicos não entendemos nada, não é mesmo Santidade?

Ah, eu já ia me esquecendo de contar-vos o mais importante, pois tenho certo de que ficareis contentes em saber. É que hoje vivo feliz, como jamais pensei em sê-lo. Vós não tendes a menor idéia de o que é dormir e acordar com a pessoa a quem amamos, com quem tramamos, conspiramos, nos completamos e o resto não me atreverei a dizer-vos aqui. Minha atual companheira é minha face feminina e lá se vão dez anos de vida em comum. Todos os dias sou tomado por um sentimento adorável, ao olhar para os olhos e o sorriso dela. Não há nada de doloroso não, Santidade. Arrisco-me à heresia para dizer-vos que sentimos a presença de Deus um no outro. Alguém há de ter mentido para vós. É uma pena que não tenhais acesso à experiência de conjunção de vida como a nossa. Portanto, corrigis também essa parte do texto, que tá pegando muito mal. Fique também para a vossa próxima edição revisada.

Respeitosas saudações.

Tio Xavier

segunda-feira, 5 de março de 2007

Funk também é cultura e o tio gosta

Foi o que você leu: o tio Xavier gosta de funk. Já falei isso milhares de vezes. Só que, mais uma vez again, volto a explicar aqui que gosto da Original Funk Music. Encontrei um texto no Orkut escrito por ESTE CIDADÃO e achei-o genial, digno de ir para a Wikipedia. Resolvi adicioná-lo neste blog como mais um esforço em minha busca insólita, pela purificação semântica da palavra funk. Isso tudo porque a maioria já sabe que eu odeio pancadão, proibidão e todos os derivados putrefatos, incultos, anti-líricos e analfabetos da batida de Miami, que se disseminaram nos morros cariocas. Na verdade meus instintos me fazem cogitar ações de homem-bomba nesse barracões. Farei-o assim que encontrar voluntários para a empreitada. Para se inscrever, deixe um comentário. Segue o texto do senhor Ricardo, com algumas observações e inserções de minha parte.


Os músicos negros norte-americanos primeiramente chamavam de funk à música com um ritmo mais suave. Posteriormente passaram a denominar assim aquelas com um ritmo mais intenso, agitado, por causa da associação da palavra funk com as relações sexuais (a palavra também era relacionada ao odor do corpo durante as relações sexuais). Essa forma inicial de música estabeleceu o padrão para músicos posteriores: uma música com um ritmo mais lento, sexy, solto, orientado para frases musicais repetidas - riffs - e principalmente dançante. Funky era um adjetivo típico da língua inglesa para descrever essas características. Nas jam sessions, os músicos costumavam encorajar outros a "apimentar" mais as músicas, dizendo: “Now, put some stank (ou stink/funk) on it!". Algo como: "Coloque mais funk nisso!". Em um jazz de
Mezz Mezzrow dos anos 30, Funky Butt, a palavra já aparecia.

Devido à conotação sexual original, a palavra funk era normalmente considerada indecente. Até o fim dos anos 50 e início dos 60, quando funk e funky eram cada vez mais usadas no contexto da soul music, as palavras ainda eram consideradas indelicadas e inapropriadas para uso em conversas educadas. Não é difícil associar esse preconceito com a origem étnica do têrmo, pois estamos falando de um país regido por leis brancas.

A essência da expressão musical negra norte-americana tem suas raízes nos spirituals, nas canções de trabalho, nos gritos de louvor, no gospel e no blues. Na música mais contemporânea, o gospel, o blues e suas variantes tendem a fundir-se. O funk se tornou assim um amálgama do soul, do jazz e do funk dos anos 70 até os dias atuais. Nos anos 70, George Clinton, com suas bandas Parliament e posteriormente a Funkadelic, desenvolveu um tipo de funk mais denso, influenciado pela psicodelia. As duas bandas tinham músicos em comum, o que as tornou conhecidas como Parliament-Funkadelic. O surgimento do Parliament-Funkadelic deu origem ao chamado P-Funk, que se referia tanto à banda quanto ao subgênero que desenvolveu.

Outros grupos de funk que surgiram nos anos 70 e incluem: B.T. Express, Commodores, Earth Wind & Fire, War, Lakeside, Brass Construction, Kool & The Gang, Chic, Fatback Band, The Gap Band, Zapp, Instant Funk, The Brothers Johnson, Skyy, e músicos/cantores como Rick James, Chaka Khan, Tom Browne, Kurtis Blow (um dos precursores do rap), e os popstars Michael Jackson e Prince (estes últimos dispensam apresentações e link).

Nos anos 80 o funk tradicional perdeu um pouco da popularidade nos EUA, à medida em que as bandas se tornavam mais comerciais e a música mais eletrônica. Seus derivados, o rap e o hip hop, porém, começaram a se espalhar, com bandas como
Sugarhill Gang e Soul Sonic Force. A partir do final dos anos 80, com a disseminação dos samplers, partes de antigos sucessos de funk (principalmente dos vocais de James Brown) começaram a ser copiados para outras músicas pelo novo fenômeno das pistas de dança, a house music. Foi uma enxurrada de remixes, new versions e raps feitos sobre bases mais antigas e conhecidas. Um clássico que praticamente originou a série foi Rappers Delight da Sugarhill Gang, que usou a base de Good Times, do grupo Chic. Estima-se que Good Times tenha sido de longe a base mais copiada que recebeu edições até do Queen em Another One Bites The Dust e do brazuca Gabriel O Pensador em 2 3 4 5 meia 7 8 entre outras.


Nessa época surgiu também algumas derivações do funk como o Miami Bass (esta famigerada que subiu os morros), Infor, DEF, Funk Melody e o Freestyle que também faziam grande uso de samplers e baterias eletrônicas. Tais ritmos se tornaram combustível para os movimentos Break e Hip Hop. As "crias" da Miami Bass deram origem também a grupos de eletrofunk como Information Society e vários da House Music. Os anos 80 viram também surgir o chamado funk-metal, uma fusão entre guitarras distorcidas de heavy-metal e a batida do funk, em grupos brancos como Red Hot Chili Peppers e Faith No More. O ex-produtor do Sex Pistols, Malcolm McLaren, após sair da banda fez grande sucesso com Buffalo Galls que introduziu o scratch (aquele efeito do disco esfregando) e adotou baixo e guitarra com distorção na música funk, inaugurando o estilo break.

Chega de papo acadêmico. Aí vai um medley-remix exclusivo, produzido pelo tio Xavier. Enjoy it!