quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Espírito natalino, minha gente!

Uma cara amiga me telefonou ontem para dizer que tinha lido alguns posts daqui. Pelos meus cálculos agora devem ser cinco leitores. Mas a ligação não era só para ibope. A desaforada me disse que eu estou muito ranzinza. Como assim, minha cara? Eu só mostro as aberrações da humanidade e faço críticas fundamentadas, com critérios científicos e rigorosos. Só isso. O que é que eu vou fazer se essa espécie está perdida entre a falta de senso de ridículo e os maus costumes?

E para provar que não sou tão assim, nesta madrugada fui com a darling e a cria caçula ver pessoalmente a árvore de natal do Ibirapuera. Era uma hora e pouco. Estacionei, tiramos fotos e admiramos a beleza dos enfeites, etc.. Coisa linda. Estão vendo?

Fui só agora porque eu não teria saco pra enfrentar cinco quilômetros de congestionamento que era o que os babacas faziam antes do natal. Mas depois que vi qual banco patrocinava a obra fiquei puto. Entendi a razão de aqueles #@($%#* me cobrarem tarifas abusivas até pra eu pensar no banco. Desgraçados. Podiam usar a grana pra coisa melhor.

Ranzinza eu? Bah!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Morre Douglas Barcellos

Laudo diz que ator brasileiro morreu vítima de afogamento. Carioca Douglas Barcellos, 33 anos, foi achado morto em praia de Portugal. Ele morava nos EUA e teve pequenas participações em Hollywood.

Vejam que inculto sou: ignoro totalmente de quem se tratava. Assim sendo não me fará falta alguma. Que descanse em paz. Antes ele do que eu.


Segundo o jornal era esse aí com o molusco na cabeça. Ah tá...

sábado, 27 de dezembro de 2008

Vivendo sem Bill Gates - parte II

Sei que várias pessoas não entenderam o post sobre o Ubuntu, anterior a este. Vão devagar que vocês chegam lá. Mas não posso deixar de manifestar minha exaltação de felicidade hoje. Depois de assistir a "Chega de Saudade" no Totem fui dar mais uma fuçada, pra ver se eu resgatava das trevas do Ruindous meu tocador de músicas e vídeos preferido - o JetAudio. E finalmente consegui.

Através do emulador Wine que veio no CD do Ubuntu, tapeei o JetAudio. Vejam que linda imagem dele tocando um som do Yarbrough & Peoples com som excelente e performance idem. O meu bom e velho tocador pensa que está sendo carregado pelo sistema do Bill Gates e trabalha como um reloginho.

Muito bom mesmo! É pra aficcionado fechar o ano soltando rojão.

Moda fashion - III, a gaviona

Ao observar a singela touca gaviônica que adereçava a moça na fila do supermercado eu não resisti. Enviei um SMS para minha querida amiga do Mesa de Botequim, minha consultora de moda, perguntando o porquê daquilo. Ela me pediu encarecidamente que eu fotografasse e enviasse para análise.

Desta feita achei melhor publicar e submeter à avaliação de todos os três ou quatro leitores desta espelunca. Antes de mais nada eu revelo alguns detalhes, sendo que a mulata em questão:
  • Não é feia
  • Tem algo como 1,75m de altura
  • Tem um físico digno de uma segunda olhada masculina
A pergunta que não quer calar é: Por que alguém usa um troço desses na cabeça?


Comitiva what?

Comitivas. Para quem não é de Sampa ou nunca teve oportunidade de ver um bando de babacas usando roupas de texano, dançando passinhos ridículos e macaqueando os caipiras americanos, já tá explicado.

Para ir aos bailes de jacu pseudo-gringo eles, além de se emperequetarem com roupas bizarras, costumam decorar seus carros com centenas de adesivos para exaltar suas preferências culturais, incluindo os lugares que freqüentam. As comitivas se auto-batizam. E um dos adesivos que os integrantes das comitivas ostentam nos seus carros costuma ser o do nome da comitiva. Pode ser algo tonto como "Comitiva Nóis Bebe Até Caí", "Nóis Capota Mais Num Breca", "Comitiva Pé Na Jaca" e coisas assim.

Mas o ser proprietário dessa pick-up se superou no quesito mau gosto. Imagine que tipo de moçoila se digna a viajar nesse veículo ou então namorar com o sujeito caso ele tenha capacidade para atrair alguma.

É a humanidade provando que já excedeu o tempo de habitação deste planeta. Hora de dar tchau.

Se ele cruzar meu caminho de novo eu revelo a placa.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Pior a emenda que a zampogna

O natal em si já é um inferno. As pessoas ficam tresloucadas com a idiotice que inventaram de "correria de natal". Pra quê correr se o natal vai chegar de qualquer modo?

Andar pelas ruas era sinônimo de obrigar-se a ouvir aquelas canções natalinas ao som das harpinhas irritantes. Já era uma merda. Depois vieram as versões em ritmo de chorinho. Cazzos voadores. Aquilo já é deprimente por si, quanto mais em ritmo de chorinho. Adoniram dá cambalhotas no caixão.

Mas qualquer coisa horrível pode ficar péssima. Claro que pode. Passando pela Praça da República em Sampa hoje descobri que há coisa mais hedionda do que as próprias canções natalinas. São as canções natalinas em ritmo de música peruana, ou boliviana, ou andina... sei lá que merda é aquilo. Era um monte de clones do Evo Morales tocando Gingle-Bells com aquelas flautas de bambu, cavaco de casca de tatu, chocalhos de guizo de serpente chilena e bumbo de couro de lhama.

Não bastasse ainda estavam vendendo CD´s. Se eu tivesse grana eu comprava tudo, inclusive os instrumentos. Ateava fogo em tudo a começar pelos músicos. Coisa mais chata!

Pensando melhor a peruanazinha eu poupava (ops!) foi mal.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Nova escalação culinária

A já renomada e internacionalmente premiada culinária do Tio Xavier acaba de receber um reforço imbatível.

Depois de visitar um bucólico e perdido lugar, escondido bem no meio da muvuca do bairro paulistano de Vila Maria, o tio aderiu aos temperos naturais e frescos para dar mais sabor aos seus refinados pratos. Abaixo a foto do time.


Da esquerda para a direita: Manjericão italiano, Manjericão verde, Manjerona, Alho nira, Salsa lisa, Sálvia e Tomilho-limão. Ao lado no vasinho preto, Hortelã (segundo o fornecedor, ele tem problemas de convivência com o restante).

Segura esse time nas mãos do tio. Hoje começarei com quibe de bandeja assado. Lá vai Hortelã pela direita, passando pela carne moída, bate no trigo hidratado...

Carta ao Papai-Noel 2008/01

Prezado Noel:

Neste ano fui um bom menino, melhor dizendo: tio bonzinho. Trabalhei bastante, não olhei para as bundas das colegas de trabalho, não chutei gatos, não xinguei nenhum palmeirense de porco filho da puta, alimentei os peixes todos os dias e algumas vezes até reguei meus bonsais. Aliás vou até replantá-los hoje com a caçula, usando a terra novinha que comprei ontem.

Além disso na faculdade eu estudei com esmero e dedicação com minhas colegas gost... (ops!) inteligentes e fizemos todos os trabalhos (juro que não olhei para as bundas delas também). Tudo bem que alguns trabalhos foram meio Ctrl+C / Ctrl+V mas eu substituí todas as palavras relevantes por sinônimos, ficando apresentáveis e insuspeitos. Teve também aquela entrevista que foi forjada, tipo psicografia, mas vamos combinar que ficou bacana. Vamos esquecer aquelas transcrições para Braille que fiz usando software. Afinal quem é que escreve à mão hoje em dia né? Tecnologia está aí pra ser usada. O importante foi que as apresentações foram brilhantes, encantaram os professores e recebi boas notas por elas. Exceto daquela professorinha meia-boca de jardim de infância, camuflada de professora universitária. Mas um ser inócuo daquele não faz a menor diferença.

Enfim, para o senhor não ter dúvida, quero que o senhor veja meu exemplar boletim.

Eu sei que tem um bocado de faltas, mas eu administrei dentro dos limites.

Não vou pedir nada em especial neste ano, Noel. Na verdade quase tudo o que preciso está ao meu redor. Peço no máximo que o Sr. traga um 2009 com replay dos feitos que consegui neste ano e já está de bom tamanho. Se quiser ampliar, estou à disposição. E das minhas contas bancárias o senhor sabe os números.

Um abração pro senhor e pra senhora Noel. E bota logo esses anões preguiçosos pra trabalhar porque com a prosperidade econômica deste ano, o que não deve faltar é entrega pra fazer. Nunca antes na história deste país...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Batom where?

Pois é meu caro leitor, minha cara leitora. Há gosto pra tudo. E atualmente impera o mau-gosto. O chulo, o vulgar e o xerxelento tomaram o lugar das coisas boas da vida e há gente que ainda paga por isso. Passando ontem às 16h tanto pelo início da Rodovia Ayrton Senna me deparei com esse belo ônibus de turnê:


Eu insisto: não é uma montagem. Isso existe mesmo. Comprovadamente há um grupo de pagode ou coisa de similar categoria que se chama "Batom na Cueca". Notem os semblantes sorridentes dos integrantes. Um deles deve ser o vocalista principal e sua alcunha artística há de terminar com "inho".

Pela catiguria dos nobres "músicos", a começar pela escolha do pomposo nome do grupo, podemos supor mais algumas coisas:
  • As fãs disso não sabem distingüir uma nota musical de um relincho.

  • O adjetivo VULGAR não quer dizer absolutamente nadas pra elas.

  • A formação cultural do fã-clube deve incluir programas de auditório como os de Gugu Liberato e do Faustão.

  • A formação escolar dos apreciadores disso situa-se no máximo em "lê e escreve".

  • O vocabulário dos que acompanham esse shows têm no máximo 150 verbetes, incluindo nomes próprios como Creudislene, Eudisvlaudo, Jocilenildo e Valdiscreiçu.

  • A seletividade sexual dessas pessoas, permite copular com qualquer espécie mesmo não catalogada pela Zoologia e sem culpa.

  • Essas pessoas compram telefones istériu com mp3 em 252 prestações e ouvem seus ídolos no trem, sem fone de ouvido.

  • O paladar dessas pessoas permite tomar a cerveja que patrocina o ônibus, mesmo sem gelo.

  • Depois da cerveja patrocinadora, esses seres apreciam caipirinha feita com Cavalinho e similares.

  • Portar CDs e DVDs desse tipo de "banda" enquadra-se no artigo 12 da lei 6368.
Fazer o quê né? Dizem que gosto não se discute. Ainda mais o mau.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma perda irreparável

A programação televisiva da Band não será mais a mesma a partir de 2009. O fantástico apresentador Leão Lobo e sua fantástica partner Rosana Hermann não mais protagonizarão o também fantástico programa Atualíssima. Segundo o próprio Lobo em pele de viad... (ops) cordeiro: "É ruim para a Band, que joga fora um trabalho de anos". Opinião totalmente isenta, óbvio.

O que mais me entristeceu agora foi saber que nunca assisti ao Atualíssima. Se passa na TV em dias úteis à tarde, eu costumo estar trabalhando. Como eu jamais casaria com uma inútil, a darling também perdeu. Se Leão Lobo apresentou isso por dez anos, veja que desgraça: eu perdi quase dois mil e quinhentos programas. Desperdicei tudo.

Dez anos de informações importantes e diversificadas - imagino eu - e nunca mais tomarei conhecimento. A oportunidade passou e agora sabe-se lá se conseguirei ver algum dos restantes nos próximos dias. Tenho menos dez programas para ver, considerando o feriado.

Estou decepcionado comigo mesmo e com tendências depressivas. Vou ligar pra minha analista agora mesmo.

Sessão corujismo parte XVII

Há alguns meses a cria mais nova chegou em casa dizendo que não queria mais participar do balé na escola. Como explicação, disse que achava chato e que desde o começo do ano "fazia o mesmo passo". Não duvido da competência da professora e vi nisso apenas uma justificativa meio esfarrapada, mas preferimos respeitar a vontade dela.

Só que então ela explicou que nós tínhamos que inscrevê-la na capoeira, porque ela já estava participando fazia tempo (?). E era verdade. A cara-de-pau se enfiou na turma de capoeira sem se matricular. Restava-nos regularizar a situação e trancar o tal balé. O resultado, agora no final do ano foi esse:


Eu francamente prefiro assim. Nunca fui muito com a cara de "O lago dos cisnes".

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Nada é tão ruim que não possa piorar

"O Corinthians está acreditando em mim e tem um projeto fantástico para 2009. Estou muito confiante."

Com essas palavras o sucatão-obeso-do-joelho-podre-caça-traveco acha que consola a torcida do timão, recém-chegada do estágio na segundona. Acho que o clube gostou tanto da segunda que agora está comprando jogador de segunda.

Lamentável.

Vivendo sem Bill Gates

O tio está comemorando uma semana sem Bill Gates. O micro de casa - por sinal este que estou usando agora - pegou um vírus cavalar. O danado - não obstante os trocentos cuidados que o tio toma mandando para o inferno e-mails com .PPT, correntes, jogando sem dó nem piedade e-mails no spam só porque contém palavras suspeitas e escaneando tudo o que passa a menos de um metro do PC - começou a ferrar com tudo. Nada foi suficiente para combatê-lo. Após anos sem saber o que era vírus, caí na desgraça e a solução era formatar.

A praga veio pelo pendrive, após o tio pegar um backup de um cliente e trazê-lo para analisar. O troço foi rápido, se instalou na surdina e ficou quietinho de tal forma que o antivírus e o antispyware só foram se tocar quando ele havia fincado bandeira na área de inicialização do HD principal e, provavelmente agora do HD secundário.

Depois de tentar todo tipo de remédio, despacho em encruzilhada, sessão de descarrego da IURD, promessa para santo e nada resolver, cheguei à conclusão de podia ser um aviso de Alá para eu me livrar da ferramenta de Satã e aderir ao mundo livre. E lá fui eu pela enésima vez, desde 1999 tentar uma versão de Linux. Desta vez o escolhido foi o Ubuntu, que o meu prezado enteado comprou - a preço de pastel de feira, claro - e possui instalado no notebook dele. No HP que ele comprou, o troço instalou-se por completo. Agora era minha vez.

Coloquei o disco na bandeja do DVDRom e dei start. Pasme! O sistema inicializado pelo disco subiu como um foguete sem me fazer uma pergunta. Logo que entrou no ar, vi um desktop bonito e limpo. Internet funcionando perfeitamente. Dispositivos de áudio, vídeo, tudo excelente. Nos aplicativos que vêm junto no CD, alguns velhos conhecidos com quem simpatizo deveras, entre eles o BROffice da Sun que me permitiu abandonar a suíte da Microsoft há uns quatro ou cinco anos. Tudo muito intuitivo, simples, gráfico e simpático.

Então vi um botão onde dizia "instalar o Ubuntu no HD" e cliquei sem dó. Acredite: a única coisa que tive que dizer pra ele era que podia usar e abusar do C: sem dó nem piedade, já que só tinha o Ruindols Chispê (infectado) e programas para os quais eu tinha substitutos. Dei OK e iniciei uma nova vida. Hoje sou um um novo homem, livre dos vícios, das drogas e da pirataria. Estou vivendo bem com meu Pentium-IV montado, com 1,7GHz de clock e 1GB de memória Ram.

Já instalei uma cacetada de programas úteis e até para o meu caro 7-Zip do qual eu não encontrei versão para Linux, tive uma saída chamada Wine. Este carinha lê arquivos padrão InstalShield e ao instalar um programa for Windows, cria um ambiente virtual onde boa parte dos programas preparados para a plataforma do Bill Gates consegue rodar. Tapeadinhos na buena.

Invente, tente, faça algo diferente. Você também pode.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Agradeço a Santo Expedito

Acabei de receber um indicador eletrônico e fui confirmar. Os três leitores do blog do tio conseguiram, faltando pouco para um ano da contagem, acessa-lo nada menos que 11.000 vezes. Isso mesmo. Claro que contando comigo, minha mãe que ficou apertando o F5 por dias seguidos a pedido meu e talvez algum desavisado leitor, foram quase trinta leituras diárias. Uma tiragem de fazer inveja pras famílias Frias e Mesquita.

Agora vou começar a vender espaço publicitário. Logo, logo, você que acessa esta página será bombardeado com ofertas tipo "enlarge your penis", C.i.A.l.i.S e coisas do tipo. Me aguarde. E com a grana da mídia vou comprar uma Mercedes. São os benefícios do sucesso.