sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Moda fashion IV - Gladiator

Modinhas passam. Estilo fica. E estilo é tudo o que falta na maioria das peças grotescas que as indústrias testam nas passarelas e a seguir despejam nas lojas em versões para todos os bolsos, da requintada Oscar Freire à muvuca proletária da March 25th Street em Sampa.

No capítulo de hoje o tio detonará com um calçado que pode ser visto nas ruas, nos pés de moçoilas desavisadas e sem o menor senso de ridículo. Confesso que fiquei em estado de choque quando vi pela primeira vez. Só não bloguei antes por não saber o nome específico dessa aberração. E com vocês...

... AS SANDÁLIAS GLADIADOR

Por favor, minha senhora, minha senhorita. Se você não vai trabalhar de figurante na seqüência de 300, Gladiador-II - A Vingança ou em um improvável Troy-II,o Retorno nunca, jamais e nem em tempo algum calce isso. É horrível. Destaque para essa última da direita. Não lembra polainas, só que com solado?

Prometam. Coloquem a mão direita sobre a Bíblia, o Alcorão ou qualquer livro que considerem sagrado e jurem. Repitam, vamos lá: "NUNCA CALÇAREI ISSO, TIO".

Agradeço desde já.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

De gaiato num navio

Todos já viram a merda que está dando no cruzeiro do Costa Romântica, da companhia uruguaia Costa Cruzeiros. Pobre não tem vez mesmo. Quando esses cruzeiros começaram a virar carne de vaca, algo me dizia que essas canoas gigantes já não estavam mais caindo nas graças dazelite inresponçáviu. Se fosse bom, a classe média emergente e endividada nos cartões e no especial continuaria a não ter acesso. Mas não. A racinha metida acha que virou elite e não que está usufruindo de descarte dos ricos.

Quando comecei a ouvir rádios FM fazendo promoções de baladas em alto-mar e os minicruzeiros começaram a aparecer nos cartazes até da agenciazinha fubanga do bairro, algo me dizia que o glamour já se foi. Até a empresa onde a darling trabalha levou os funcionários pra passear de canoão no final do ano. Eu logo imaginei que se não fosse baratinho, a empresa resumiria a confraternização naquela velha churrascada no sítio, com pagode e cerveja quente. Mas não. Até "as firma" - como dizem os operários - já estão embarcando a galera no melhor estilo "festa na lage em alto-mar".

Agora estão lá: um monte de pessoas, sem rango, sem banheiro, sem banho, sem nada naquela que devia ser a viagem dos sonhos e deve estar custando 340934890 prestações no cartão de crédito. Pobre é uma merda. Crasse média pior ainda. Só se f... E ainda paga imposto paca.
"Trata-se de um navio sofisticado e cheio de charme, onde todos os espaços, do hall às cabinas, são grandiosos, decorados segundo os critérios do melhor design italiano. Caracterizado por um estilo náutico rigoroso e descontraído, de uma elegância única, o Costa Romantica é enriquecido com obras de arte de renome entre as quais duas esculturas japonesas Susumu Shingu. Um verdadeiro ponto de encontro entre cultura e relax para todos aqueles românticos que amam ritmos doces e informais."
(Fonte: o site deles mesmos, claro)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Armadilhas da indústria e da mídia

Vade retro de o tio defender mulheres-fruta. Nem melancia, nem jaca, nem maracujá, nem morango. A propósito das frutas e infelizmente, sou muito pouco adepto delas. Frutinhas muito menos. Exceto o açaí que saboreio sob a forma de vitamina batida em um determinado local que já citei AQUI.

Só que essas mulheres-fruta, celebridades instantâneas, são vítima dos valores que elas mesmas cultuam. Merecem pois o escracho. Tal como aconteceu com a "sensacional" Mulher-Morango (será por causa de cravos na pele?). A dita saiu no carnaval saracuteando as formas não tão bem aceitas pelas indústrias fitness e fashion e levou na mídia uma menção inglória, pelas indesejáveis dobrinhas na região da cintura. Não sei como a Vigilância Sanitária não foi lá fiscalizar se ela se enxuga bem após o banho, afinal de contas o Aedes Egypty põe ovos em água parada nos pneus, entre outros locais. Mas dane-se a talzinha, cuja existência só fiquei sabendo ao receber o link da reportagem junto com um comentário sarcástico de uma amiga, de quem preservarei a identidade para fins de direito (só digo que é professora de Filosofia em colégios católicos renomados).

As indústrias da beleza a todo custo, da roupa da moda e das academias que proliferam como dengue vendem um modelo físico quase inacessível para 90% das mulheres. Tanto estas como as que conseguem com sacrifícios físicos e financeiros adotam-no como referência. O resultado é a frustração da imensa maioria e fome crônica da minoria bem-sucedida. Fato é que a cultura barbie invadiu o mercado para desespero da mulherada, cuja auto-estima despenca ano após ano, malograda pelas receitas mágicas ao mesmo tempo que a população é bombardeada pelos lobbies da comida processada e do fast-food.

Claro que TODOS devemos procurar hábitos alimentares e físicos que conduzam à saúde, assim entendida como capacidade plena para fazer nossas tarefas do cotidiano, incluindo o lazer, e ausência de indicadores de risco como triglicérides, colesterol e pressão arterial altos demais. O desconforto é outro ponto. Ninguém com 150Kg há de se sentir à vontade em uma poltrona de coletivo, metrô, ônibus ou - pior ainda - de avião. Por isso a busca de equilíbrio é vital e sinais como fadiga e indisposição indicam que o sujeito precisa fazer algo urgente em prol da saúde e oxalá da auto-estima. Basta lembrar da piadinha velha de que a mulher que transa com o gordo sente dois prazeres (e vice-versa, viu dona baleia?).

A infeliz Mulher-Morango saiu na foto como vítima de si mesma e do estereótipo de mulher-objeto que ajuda a sustentar. Não fosse sua infame "profissão artística" de funkeira, talvez ela cuidasse melhor de outros aspectos da sua imagem capazes de posicionar de forma mais digna a sua imagem pública, que não fosse "agachando até o chão, chão, chão-chão-chão". Quem sabe ela soubesse opinar sobre fatos do cotidiano e transmitir aos espectadores qualquer coisa que não fosse a infame personagem sexista e grotesca para a qual se veste. Aliás, mais se despe do que veste.

Enquanto isso homens com algum nível de atividade neural - além da respiração e do ciclo digestivo - continuam a preferir construir a vida com as mulheres do mundo real, incluindo seus pequenos excessos como os temidos (por elas) pneuzinhos. Mulheres que cultivam, além da saúde os demais aspectos da vida, muito superiores ao simples zelo pelas bundas, peitos e a busca doentia pelo abdômen fictício da boneca esquálida estadunidense. Eu pelo menos prefiro.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Ah, o Carnaval... em casa

Uma pena. O tio estava tentando ir para um bucólico lugar no interior de São Paulo durante o Carnaval. Trata-se do sítio de uns amigos finesse, sito à beira de uma represa onde felizmente até as ondas de celular são raras e dificultosas. O objetivo indubitável era ficar longe do bumbum-paticumbum-prugurundum, de carros com porta-malas escancarados tocando axé, de gente ensandecida achando que o deus dos cristãos vai lançar chamas sobre o planeta na quarta-feira de cinzas e resta-lhe procurar os últimos suspiros de prazer, dentro das bizarrices que lhes aprazem. Resumindo: apenas um pouco de paz.

Antes de mais nada o tio não tem nada contra o Carnaval. Festa é festa. E se em questa cazzo di vita não tivermos momentos para festejar um pouco, melhor morrer. Mas há momentos em que queremos apenas olhar o campo, acordar com o trinar de pássaros, cacarejos e latidos. Só isso. Voltando ao sítio dos amigos, ficamos sabendo os refinados proprietários receberiam outra família de conhecidos - a quem secretamente me refiro como cohabentos - pra passar o feriadão. E isso foi o bastante para nos demover dos planos. Não que sejam má gente, jamais. São pessoas da melhor índole possível, calorosos, prestativos e amistosos.

Mas digamos que o adjetivo cohabentos que lhes atribuo tem a ver com hábitos muito ruidosos, esfuziantes demais, festivos demais e por que não dizer muvuqueiros demais. O pobre tio, que pensava apenas na paz do campo, no alvorecer por trás da serra, no trinar matinal do passaredo e nos coachar noturno dos batráquios, teria que se contentar com porta-malas de carros abertos, boomboxes ligados e até com o aparelho de som da sala tocando axé, bléque míuzique e pagode a quatrocentos e cinqüenta decibéis. Isso sem falar nas coreografias, dancinhas e brincadeiras divertidíssimas, como seqüestrar um desavisado e arremessá-lo na piscina. As sonhadas tranqüilas refeições seriam substituídas por banquetes dignos de castelos nórdicos medievais, tal a variedade de comidas gordurosas e quantidade de pessoas a se servir. Tudo com muito coentro e cominho (argh!). Mas não é só isso.

Como degustador de uma boa cachacinha de roça, tragada vagarosamente em copo minúsculo eu também não apreciaria passar o dia vendo pessoas abrindo latas e mais latas de cerveja e produzindo jarras de caipirinha (de 51 ou Velho Barreiro), mantendo-se em estado de torpidez permanente e puxando conversas nada a ver, em dialetos quase ininteligíveis. Sabe, não é ser chato, porque chato nesse caso é ver um monte de bêbados de sunga e sem camisa andando pra lá e pra cá com passos inseguros indo buscar cada vez mais bebida. Isso quando não mandam os filhos crianças buscar a bebida, o que acho abominável ao quadrado.

Também gosto de acordar bem cedo quando estou nesses lugares, só pra ver o sol nascer e também costumo tirar uma soneca na rede depois do almoço. Aliás dormir é uma das coisas que mais faço em sítios, devido à paz que me transmitem. E quando é possível, à noitinha eu gosto de sentar-me no alpendre com a darling pra namorar um pouco, coisa que não é muito acessível aos casados com filhos pequenos e às pessoas social e profissionalmente atarefadas. Daí que tentar namorar com gente do lado sempre empunhando uma lata de cerveja e puxando papo furado também fugiria um tantão do meu propósito.

Peço que o leitor me entenda, caso ele seja um respeitável trabalhador mutuário do CDHU ou da Cohab. Cohabento nesse caso é um modo de ser, um estado de espírito que a pessoa escolhe pra si. O tio há três décadas morou e estudou na Cohab-II, quando nem iluminação pública lá havia. Mas nem por isso voto no Netinho de Paula, nem sou foi adepto de muvucas como as descritas acima. Não penduro roupas e toalhas nas janelas e tento tratar os espaços coletivos como algo sagrado, imune à ações invasivas de qualquer espécie. Desta feita, terei que me resignar a ficar em Sampa e visitar o sítio dos bondosos amigos em outra ocasião, claro que num dia em que eu tenha assegurado que os cohabentos não estarão. Desejo a estes um ótimo feriado porque - apesar de tudo e como eu já disse - são boa gente. Uma pena mesmo... [suspiro]

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Tente entender

Créditos da foto: amigo do tio.

A linda foto acima, além de atestar a porquice do paulistano, pode ocultar a raiva de algum inventor desapontado. O tio estava voltando do almoço com um amigo quando deparou-se com a engenhoca destroçada na calçada.

Qual seria a correlação entre uma tampa de sanitário, uma fonte de alimentação, placas de circuito e cabos de conexão? O que o sujeito terá tentado inventar? Uma privada 32bits? Um navegador web sanitário para downloads direto pro esgoto?

Coisas que nunca saberemos. E mais uma vez, dado a sucata ter sido depositada no passeio público, está mais que comprovado que o Kassab é o culpado por todas as enchentes de Sampa.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Me explica de novo

A GM foi lá com o chapéu novamente pedir dinheiro público para o Obama. Alega estar sobrevivendo de um "empréstimo" anterior do próprio governo. Junto com o pedido de nova mesada expôs ao Departamento do Tesouro norte-americano um plano para fechar mais 14 fábricas, eliminar centenas de revendedores e cortar 47 mil empregos neste ano em todo o mundo. Certo... e agora ela está pedindo quase U$ 17 BIlhões.

O elefante está com as quatro patas quebradas. Entope-se de dinheiro de impostos que teoricamente deveriam destinar-se à assistência social, seguro-desemprego, saúde pública e educação, entre outras tantas coisas. Isso tudo sem nenhuma contrapartida social, nem garantia da continuidade dos empregos e ainda com promessa de extingüir completamente marcas "satélites" como a Hummer.

O Capitalismo é um sistema lindo. Adam Smith deve estar tomando um drink com o Satan a estas horas. Quando uma empresa de qualquer natureza arrebenta a boca do balão com lucros astronômicos, fazem festa na laje com champanhe da boa e ovas de esturjão, posa-se para fotógrafos da Forbes e da Fortune e fazem até "hola" na arquibancada. Os lucros - claro - vão todos para o bolso de meia-dúzia de investidores afortunados e outros tantos especuladores bursáteis.

Só que quando aparece a ineficiência, o balão da especulação estoura, o sistema entra em colapso, as apostas em ações naufragam e, enfim, a brincadeirinha de Banco Imobiliário despenca da mesa, entra em ação outro sistema: o Socialismo. Socializa-se a miséria, socializa-se o prejuízo com a sociedade e corre-se ao famigerado Estado. Este, que segundo os neoliberais deveria ser reduzido ao mínimo ou quem sabe extinto. Claro que o mínimo inclui as burras abertas para os especuladores chorões e os megamilionários que caem em penúria (leia-se diminuir em alguns pontos percentuais seus lucrinhos).

Eu tenho uma sugestão para resolver o problema habitacional que está assolando o trabalhador estadunidense. Por que não lotear as mansões gigantescas que os capitalistas mantêm nos subúrbios e nas cidades ultravalorizadas, transformando-as em pensões e hotéis para hospedar as famílias desempregadas? Por que não aliviar o estresse da classe operária, enviando-os para os hotéis estonteantes em Durbai, onde o dinheiro não tem nem religião pois certamente há judeus, muçulmanos, cristãos e xintoístas como cotistas nos mesmos prédios? Por que não pegar as frotas milionárias de Rolls Royces e Mercedes para emprestar para os desempregados procurarem trampo? Depois, claro, quando eles se arranjarem poderão mandar no lava-rápido e devolver, ora bolas.

Hoje me baixou o caboclo Bolchevique. Por estas e tantas que me convenço que só a expropriação das grandes riquezas será capaz de promover justiça social e eqüidade. E tenho dito, camaradas!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Back to the classroom

Semestre novo, prédio novo, sala novinha em folha. Professora nova que parece ser das boas (e nem precisava de tão bem-apessoada que é). Mas algo de velho e pior está no ar.

Aos quinze minutos de tentativa de aula chega uma jumentilda... e outra... e mais outra... e várias outras sucessivamente. Traço comum é que todas chegam "causando" - como se diz por lá - passando pela pobre mestra como quem passa ao lado de um hidrante. Fazem um tremendo fuzuê com direito a gritinhos histéricos, que são igualmente correspondidos pelas demais jumentildas já acomodadas na sala. A expressão facial da professora é denotativa para bom entendedor.

Mal se ajeitam e começa a sinfonia de celulares, que deviam ao menos estar no modo silencioso. Saem em bandos cacarejando para o corredor, como se estivessem no barzinho da esquina. Minutos depois os bandos reinvadem a sala, com os mesmos belos sinais de educação já demonstrados.

Ou seja: sai semestre, entra semestre e as supostas candidatas a docentes não sabem sequer respeitar o momento de uma aula na qual já chegam atrasadas. E acham que vão educar os filhos dos outros. Assim caminha a inducassão (delas).

Eu particularmente torço pelo desemprego crônico dessas. Pelo bem dos futuros alunos e pelo bem da Educação. Amém.

Enquanto isso na Vasconcelândia...

... o revolucionário senhor Jarbas declara:
"Para que o PMDB quer cargos? Para fazer negócios, ganhar comissões. Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral. A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção"
Uau! Que choque de realidade! Mas por que diabos não consigo ficar surpreso? Essa revolta do senador resulta na prática no quê? Ele vai sair das fileiras e fundar alguma legenda baseada em alguma ética? Ele vai devolver alguma benesse ou salário que tenha recebido como governador ou parlamentar no partido? Vai montar uma guerrilha no agreste? Vamos nessa, camarada Jajá.

Desde o pós-plano cruzado que o PMDB não quer a cadeira-mór brazuca. Esta não representa senão o mero poder formal. Por trás das cortinas é que os grandes business e gente bem-sucedida com eles se movimenta. O PMDB quer ser contra-regra, não importa o texto, nem o autor, nem o diretor, nem os atores no palco. No máximo uma vice-presidência.

Mas não é só o partido do finado Ulysses que está nessa. Ouvi dizer que tem um outro aí cuja frente era liberal que vive da mesma rapinagem de bastidores. Apenas dois outros grandes grupos, também minados por safardanas, querem disputar o cargo de premier tupiniquim. Os demais se contentam com as polpudas rendas que a órbita palaciana lhes propicia.

E la nave va...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

É hoje!

Não passe por baixo de escadas.

Não deixe gatos pretos cruzarem seu caminho.

Não abra guarda-chuvas dentro de casa.

Não toque em macumba com a mão direita.

Não profira nomes diabólicos.

Não entre em locais estranhos.

Não olhe pro espelho no escuro.

Não saia de casa sem uma figa.

E o principal: não solte pum em locais fechados.

(*O pum não atrai mau agouro, mas convenhamos: é muito desagradável).

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A bestialidade universitária

De novo. Notícia repetida. Estudante de Campinas aprovado na Anhangüera de Leme é agredido com requintes de filme Kulbrickiano, após comparecer na secretaria da faculdade. Os "veteranos" - assim chamados os seres desprovidos de massa encefálica que freqüentam a faculdade há mais de um semestre - chegaram a espancar o jovem, fazê-lo deitar-se sobre esterco animal e mais outra série de barbaridades, resultando em coma alcoólica do agredido.

Voltando de um cliente nesses dias, não pude deixar de reparar a turba estudantil de calouros que se amontoava sobre o viaduto Tutóia e arredores. Todos com as caras pintadas, roupas rasgadas e esmolando a título descarado de viabilizar a cervejada dos veteranos. Estes conduziam os quase indefesos novatos pelas ruas até amarrados em grupos como nem presidiários o são.

Já comentei antes aqui sobre esse tipo de idiotice AQUI sob um ponto de vista até que ameno. Mas a verdade é que olho para o trote como um tipo de atividade que expõe do ser humano sua faceta mais bestial e cruel, que se oculta sob rostinhos rosados e indumentária de marca. Não é possível que pais de veteranos, diretorias de universidades e mesmo o braço armado do Estado continue a ver nisso uma brincadeira ingênua e da "molecada", que é como adultos se referem a esses marmanjos com mais de vinte anos.

A complacência com esse tipo de comportamento dos algozes explica muito melhor os atos de vandalismo, os furtos, roubos, o envolvimento com narcotráfico e demais delitos dos cavalos (com o perdão dos eqüinos), que já têm idade para procriar, trabalhar e em suma o dever de ser úteis para a sociedade para ao menos justificar o consumo dos recursos do planeta. São jovens que não conhecem os sinônimos das palavras limite e respeito, certamente porque nunca ouviram de seus impensantes reprodutores (pais são outra coisa) uma palavra tão simplória e de significado tão conciso como NÃO.

Tenho uma triste, mas realista opinião sobre o que fazer com esses ditos "veteranos", já que eles preferem dar vazão a toda sua agressividade sobre colegas universitários recém-chegados: Uma vez que são dotados de razão e supostamente capazes de pensar - até porque foram capazes de preencher um questionário seletivo - mas OPTAM por ações vândalas, degeneradas e agressivas com os colegas recentes, têm que ser tratados como o que escolheram ser: MARGINAIS. E para marginais, delinqüentes e similares sugiro começar com cacetete de borracha nas costas até deixar vergão. Daí para o camburão, o xadrez ou - por que não? - colônias de trabalho pesado. O trabalho forja o homem.

Por muito menos que isso e injustamente costumo ver a polícia descer o sarrafo, como na recente e legítima passeata estudantil no RS. Para isso o Estado é bom e eficiente né? Já no caso dos filhinhos de papai "troteiros"...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Curtas comentadas

Polícia prende flanelinha suspeita de extorquir motorista em São Paulo.
Então essa flanelinha extorquia? E os outros dez mil fazem o quê?

Mulher morre em apartamento com mais de 4t de lixo e 40 animais em Santos (SP).
Pobres animais não mereciam viver com criatura tão involuída.

Moradores dizem que lixo é causa de enchente.
Não é não. É tudo culpa do Kassab. Eu mesmo já o vi jogando sofás velhos, geladeiras e pneus nos córregos.

BBB 9: Enquete aponta que Newton será eliminado no paredão.
Newton who? O Isaac? Do contrário pode mandar pro paredão dos Castro que não fará falta.

País perde 200 mil postos de estágio em quatro meses.
Puta merda e agora, quem buscará lanche pra galera?

Sem dinheiro para aluguel, prefeito despacha sob cajueiro no interior do CE.
Se não tem dinheiro nem pro aluguel ele tá despachando o quê?

Presidente afirma que mídia abusa da sua inteligência.
Desculpa a curiosidade, mas inteligência de quem?

EUA criam banco para salvar bancos.
Thanks Obama! E pra salvar o povão, vai criar o quê? Yes, we can.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Papai-Noel estava bom demais

O tio Xavier é um desorganizado de primeira, financeiramente falando. Aliás desorganizado em tudo. Com os numerários não haveria de ser diferente.

Notei que no último Natal o dinheiro abundava em minha conta-corrente. Comprei tudo o que precisava (e o que não precisava) à vista, fazendo aleluia com notas de cem reais. Comi, bebi, vesti, zoneei, comprei inutilidades e distribuí agrados pra um monte de gente.

Só que fui fazer a contabilidade trimestral de uns negócios à parte - nos quais tenho sócios - e percebi um pequenino detalhe: esqueci de fazer a provisão e o dividendo (para pagar amanhã) é de nada menos do que cinco mil reais. Cinco mil nem é tanto dinheiro, não é mesmo? Só se for pra quem tem isso na conta, porque a do tio está com menos de cem reais.

Alguém aí conhece um prostíbulo masculino que aceite quarentões grisalhos e com um pouco de barriga?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Os super-mega pontos da Claro

Vou ser bem breve. Liguei pra essa operadora de $#%**# porque vi na minha fatura que eu tinha TRINTA MIL PONTOS de uma porcaria de clube. Vira e mexe eu recebo SMS deles informando que meu total de pontos subiu para mais tantos. Enfim eu queria saber no quê de fato poderia tirar proveito disso.

Meu número é originário da BCP, do ano de 2000, logo que esses caras desembarcaram aqui. Consumo telefone um bocado desde então e estou com minhas contas em dia. O que a atendente me ofereceu? Cinqüenta reais em desconto pra eu comprar um celular. Cinqüenta. De uma vez só!

Óbvio que como sou praticamente um lorde inglês eu não os mandei introduzir os pontos no lugar onde eu pensei. Até porque eram sete da manhã e a pobre atendente não merecia começar o dia com expressões de baixo calão.

Mas que eles deveriam, isso sim deveriam.

E a portabilidade que não chega em Sampa?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Cravinhos da Índia

Pelo amor da deusa Lakshimi e dos versos do Bagavhadgita, como é de lascar ouvir o povo da Grobu tentando falsetar sotaque. Se no passado já era dureza ouvir o Stênio Garcia com aquele dialeto árabe-nordestinês que não convencia nem Maomé, agora são as cariocas falando indianês cheios de shhhh e rrrrr.

A cada zapeada no controle remoto sinto meu pobre cérebro mais ofendido. As aulas da facu precisam recomeçar logo.

Internet pelo encanamento?

Agora sim a internet vai fazer a diferença na vida da maioria dos brasileiros. A SABESP (Cia de Saneamento Básico de SP) está comprando do Japão a mais nova tecnologia de transmissão de dados já desenvolvida. A WDMP (protocolo de modulação de dados por água) promete o que nenhuma outra tecnologia digital conseguiu até o momento: fornecer banda larga com taxas de transferência praticamente infinitas (acima de 3GBps reais!) para todas as residências bastando que ela possua ÁGUA ENCANADA!

A façanha é do engenheiro nipônico Masatako Kiosawa (tinha que ser coisa de japonês) que descobriu que a condutibilidade da água permite transferir sinais elétricos de baixa intensidade, mas com altas freqüências, modulando praticamente qualquer tipo de informação através dele e aí entram os sinais da internet. Segundo informou o engenheiro japa ao jornal Ryukyu Shimpo: "esse potencial condutivo é ainda maior nas cidades banhadas por oceanos, pois a água salgada é ainda mais condutiva (...) o resultado é que toda a água sobre o globo terrestre tem potencial de se tornar o maior veículo da world wide web jamais visto", assinalou Kiosawa.

Os detalhes da WDMP estão sendo mantidos a sete chaves pelo engenheiro. Mas já se sabe que o benefício não será distribuído tão gratuitamente. O sinal de transmissão será codificado usando uma chave criptográfica de 1024 bits dificílima de ser quebrada, cujos padrões são reconhecidos pela ICP-Brasil como "hardware criptográfico" pois dependem de equipamento específico para decodificação. Aí está o pulo do gato: os usuários terão que usar um modem individual plugado em cada micro e ao invés de tomada o aparelho - semelhante a uma válvula hidráulica - filtrará e decodificará os sinais, transformando-os em TCP/IP. Diferente dos atuais cabos azuis utilizados nas redes, a proposta é usar antigos cabos coaxiais, remetendo aos velhos modens 10/10 que se usava nas redes há uns quinze ou vinte anos, sabe-se lá o porquê.

A imprensa até o momento não conseguiu-se alguma declaração dos dirigentes da SABESP, o que indica que o projeto ainda é ultra-sigiloso e não deverá ser divulgado antes do meio do ano, prazo indicado por Kiosawa para distribuição da tecnologia nas residências, no Brasil, EUA e na CE. Mas tudo indica que devido à grande capilaridade das redes de abastecimento de água, o serviço será distribuído em larga escala e por conseqüência a custos baixíssimos.

Duro vai ser no dia em que faltar água no bairro ou der pau na internet. Aí ligaremos pra quem? Pro encanador?

Desgraça? Catástrofe? Depende do seu humor

Leônidas, o herói de Brasília.