sábado, 30 de maio de 2009

Essa Susan já deu no saco

Modinhas, ô trem que enche o saco. No caso da caloura Susan Boyle a máxima de Nelson Rodrigues "toda unanimidade é burra" aplica-se com louvor. Canso de repetir em círculos virtuais e presenciais que reconheço que a mulher canta bem. Não há como negar. Mas daí a considera-la fenômeno jamais visto na história da humanidade, convenhamos: menos, né?

Os neo-discípulos da seita susanboyleana justificam suas bocas abertas recorrendo ao fato de ela ter sido tratada com desdém pelos jurados, tapando a boca deles após começar a cantar. Está aí outra coisa piegas que só. Via de regra os aventureiros que se embrenham no show business pela porta dos fundos dos concursos e programas de calouros, aguentam sacanagem de todo tipo e escracho dos apresentadores, diante de milhões de telespectadores. Aqui no Brasil, quem viveu para assistir à Buzina do Chacrinha sabe do que estou falando. A você mais jovenzinho, recomendo procurar pelo Velho Guerreiro no Youtube garantindo previamente que é impagável. E dentre esses calouros, alguns dos quais bem-sucedidos, estão famosos de hoje em dia. Gente que suportou de pé a avacalhação do Chacrinha, do Sílvio Santos, do Faustão (em Perdidos na Noite), do Barros de Alencar e do Bolinha, só pra citar alguns.

No Orkut entrei só de sacanagem na mais populosa das dezenas de comunidades dedicadas a tiazona gorducha. Mal entrei e já mandei um tópico homônimo deste post. Vá lá e confira a enxurrada de pedradas que a molecadinha mandou. Ninguém me entendeu. Também, em um país minado pelo analfabetismo funcional e pelo "complexo de vira-latas" (diagnosticado também pelo sábio Nelson), não haveria de ser diferente.

O que eu reivindico apenas é o reconhecimento de que em nosso bom e velho país há gente tão talentosa quanto - senão mais que - essa gringaiada do Britain´s Got Talent. Inclusive em programas populachentos como os calouros do Raul Gil. Aí abaixo está o Rinaldo que não me deixa mentir. Calouro por calouro, fico com os nossos.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Gente que faz: Gildo, o eletricista

Como meus conhecidos já sabem eu sempre prestigio os trabalhadores esforçados deste Brasil varonil.

Desta vez foi o companheiro Gildo, o eletricista. Ele não ficou em casa se lamentando por causa da marolinha do Lula, nem da queda das bolsas americanas, nem pela baixa do dólar. Gildo muniu-se de um bloquinho verde, uma caneta esferográfica e na porta de cada residência escreveu esses folders simples e objetivos, dizendo a que veio.

Se você mora na Zona Leste de Sampa e precisa de serviços congêneres não tenha dúvida: chame o Gildo. Fone (11) 7481-9778.

domingo, 24 de maio de 2009

É assim que se faz?

Uma cliente reclama a você sobre os seus serviços, seu atendimento e sobre erros de procedimento em uma negociação. Depois de tratar mal a cliente você ainda o processa por calúnia, injúria ou difamação? Tenho certeza que se na empresa onde você trabalha - seja sua ou não - houver pessoas de senso mediano, dessas que possuem desconfiômetro ao menos, isso não ocorrerá. Mas é o que ocorre com certas empresas.

Acabo de saber da saga que se arrasta entre uma blogueira da melhor qualidade - a Srta. Red - e uma empresinha de mudanças. Até onde soube o nome da azienda é Anita, Annyta, Annita ou algo assim. Se for quem eu penso era uma que mantinha (ou mantém) um caminhão velho de dar dó estacionado em frente ao antigo Bingo Imperatriz, servindo de outdoor, de modo a ser visto pelos passantes na Av. 23 de maio. Um caminhão bem velho mesmo que ostentava o telefone pintado no baú. De longe parece esses mercedões 11xx da década de 70 ou 80. Aliás, NESSE SITE AQUI parece que os moradores e usuários da rua não gostam muito do caminhão estacionado.

Conheço a blogueira em questão e digo que tanto ela quanto o pai têm capital moral como poucos (vale dizer que este assessora autoridades governamentais de primeiro escalão). Logo eu assinaria de olhos fechados a reclamação dela. Aliás, nem é só dela. Um dos lugares cibernéticos onde encontra-se reclamações bem similares a respeito do empreendimento é AQUI. Tem outro AQUI. A propósito, no site das reclamações consta "Annita" ou "DS", caso seja a mesma empresa.

O presidente de uma renomada entidade patronal de transporte confidenciou-me que "a mudança é o pescoço do transporte". Não concordo nem discordo, mas o cara tem credencial para dizer isso, já que é um empresário com frota superior a duzentos veículos e presta serviços de alto valor agregado para multinacionais. Quem sou eu para contestar? Mas tenho certeza de que há boas empresas - e rentáveis - no ramo de mudanças. Eu mesmo já visitei algumas a trabalho e me surpreendi com o profissionalismo e qualidade.

Agora dita amiga disse que foi processada pela empresa autointitulada "multinacional" - através de justiça gratuita(?) - e que no processo pede-se uma indenização de trinta mil reais. Nada mal, caso a empresa esteja em dificuldades financeiras e se a ação for julgada procedente, hipótese da qual duvido, pois qualquer magistrado tem acesso à internet e isso basta. Presumo que a indenização poderia substituir por um tempinho a receita da empresa. Mas vai lá saber se essa "multinacional" resistiria a uma fiscalização fazendária, trabalhista, do Detran ou mesmo de processos de outros clientes descontes? Quem é que sabe? Trinta paus salvariam a lavoura?

Só sei de uma coisa: ainda que eu não pretenda mudar de casa tão cedo, pelos fatos ocorridos me parece boa idéia ignorar a existência dessa dita empresa, caso venha precisar de serviços congêneres. É só uma intuição...

domingo, 17 de maio de 2009

Onde é que está a graça?

Um casal de classe média alta emprega uma doméstica com comprometimento auditivo profundo, próximo de surdez. Os ignorantes não sabem nada sobre comunicação com surdos e, por isso, a empregada não entende o que os patrões falam. Estes vivem um drama entre manter a empregada surda e demiti-la ficando sem empregada, o que para essa classe é sinônimo de morte. A moça surda é ridicularizada e os trejeitos da personagem sugerem desde incapacidade até algum tipo de déficit cognitivo (que nada tem a ver com surdez).

Na lamentável imagem acima o patrão tenta pedir que ela prepare frango.

Eu não sou surdo e não tenho nenhum parente ou pessoa do convívio com graus de deficiência auditiva comprometedora. Mas como educador fico imaginando como é que os pais, mães ou o próprio deficiente auditivo se sentem vendo isso na emissora de maior audiência do país, dado o quadro insinuar que o D.A. seja incapaz, ineficiente e até profissionalmente descartável.

Pelo amor do que vocês acreditarem, mandem e-mails cartas e telegramas para tirarem esse quadro do ar e exigir desculpas em público da emissora. Se tiverem dúvida do absurdo do conteúdo, assistam a essa porcaria abaixo.



NOTA ZERO PARA O VERDADEIRO INCAPAZ QUE CRIOU ISSO.
NOTA -10 PARA OS PRODUTORES DESSA VERGONHA OFENSIVA.
NOTA -100 PARA A EMISSORA QUE POSSIBILITA ISSO.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

Ratos em Brasília

Durante reportagem do Fantástico no Ministério da Saúde neste domingo alguns ratos passeavam tranquilamente atrás da repórter Deliz Ortiz. ”Eu não imaginei que ratos passaram atrás de mim. Acho que se eu tivesse noção do que estava acontecendo atrás, eu não sei”, disse a repórter.

Rodrigo Rodrigues, da Vigilância Ambiental do DF citando o ocorrido afirmou que há inúmeras tocas de ratos atrás dos holofotes do Ministério da Saúde. Ocorre que as pessoas trabalham na Esplanada dos Ministérios e passam por ela. Sem muitas opções de onde comer, acabam comprando frutas, doces e queijo nas barraquinhas de rua dos arredores. O resultado é que há sempre um banquete para os ratos, com as sobras e o que cai no chão.

O cientista e veterinário Ângelo Boggio, que combate roedores há 50 anos, diz que uma fêmea pode ter 32 filhotes por ano. Segundo ele: “a população de roedores é maior do que a população humana. Quanto maior, não se sabe. Qualquer número que por acaso eu venha lhe dar seria chute”, aponta.

De qualquer modo é certo que diversas espécies de ratos proliferam em Brasília e não é só na Esplanada. A infestação inclui o Senado, o Congresso e mesmo o Palácio da Alvorada. Entre as espécies há os ratos eleitos, os ratos nomeados, os ratos concursados e até ratos togados. Disfarçados no meio de funcionários honestos eles se reproduzem em grandes quantidades. Diferente da ratazana citada pelo Dr. Ângelo, os ratos de terno e gravata podem reproduzir-se, apadrinhar e abrigar quantidades muito maiores de novos ratos todos os anos.

Um problema que dificilmente os veterinários conseguirão debelar. Quem sabe se com empenho dos eleitores, movimentos sociais e organizações autônomas essa peste não possa ser minimizada ou até extinta?

Cada um no seu quadrado

As estratégias de diversificação no comércio nem sempre dão em boa coisa. As grandes redes dos atuais hipermercados são um bom exemplo. Do bom e velho local para comprar comida e produtos de limpeza, os supermercados foram crescendo de modo voraz, em tamanho e em diversificação de itens, de tal modo que hoje em dia é possível comprar roupas, eletroeletrônicos, brinquedos, pneus e acessórios, utilidades domésticas, papelaria, computadores... Ah! E até alimentos e produtos de limpeza! Que coisa...

A ânsia pela monopolização do cliente faz com que alguns estrategistas de marketing entupam as gôndolas com tantas categorias de produtos a ponto de esquecerem o básico do comércio, que o seu Manoel da padaria sabe tão bem: atendimento. O conceito de auto-serviço, levado ao extremo, corrói o que seria de se esperar que é um ser humano prestativo para atender nos casos necessários. Lembre você mesmo: quantas vezes foi à seção de eletrodomésticos ou eletroeletrônicos, procurou um funcionário e não encontrou nenhum? Ou então, quando o encontrou, deparou-se com um jovem mal preparado, oriundo de alguma empresa terceirizada, que não sabia absolutamente nada sobre o que estava sendo vendido no setor? É lamentável.

Ontem tive um excelente exemplo, pela infelicidade do mesmo. Saindo rapidamente da faculdade ao meio-dia e tendo que ir a uma cidade do interior, notei que o ponteiro do combustível pedia um pitstop rápido. Na Marginal Tietê, à altura da Ponte do Limão há um Carrefour que entrou no ramo de combustível não faz muito tempo. Como a marca do produto é renomada - embora estrangeira (Shell) - o preço é competitivo e o serviço é drive-thru entrei, na vã expectativa de encontrar um similar de box de F1, onde me abasteceriam rapidinho e de onde eu me mandaria em três ou quatro minutos, certo? Errado.

Na bomba que escolhi havia quatro carros, um já abastecendo. Tive a sensação de demora e comecei a checar o que havia. Foram mais de cinco minutos entre o primeiro da fila abastecer e passar no guichê de pagamento logo à frente. Idem com o segundo. Eu teria zarpado, mas o local não fornece rota de escape e a fila atrás de mim já se aglomerava. Pude ouvir um frentista repetir a outro "o sistema dos cartão caiu de novo". Separei o dinheiro do meu abastecimento pensando em me adiantar, mas foi em vão. Ninguém apareceu para propor uma rota alternativa pra quem não ia pagar com cartão. Engessadinhos que só.

Os atendentes engomados do posto do Carrefour Limão em nada se assemelham aos bons e velhos frentistas de macacão dos postos de rua. Lentos, atrapalhados e querendo transmitir aquela simpatia artificial de balconista do McDonalds os frentistas-cover eram verdadeiros estranhos no ninho. A empreitada foi um fiasco e só atrasou minha viagem. No fim da palhaçada demorei quase meia hora para resolver minha simples necessidade de encher o tanque e me mandar.

Fica aqui o conselho de marketing do tio: se você é supermercadista, não tente ser posto de combustível e vice-versa. Espero que a Petrobras não resolva vender mantimentos também. Ado a-ado; cada um no seu quadrado.

Momento apaixonado

A balzaquinha ucraniana Milica Nataša Jovović, mais conhecida como Milla Jovovich é uma das poucas mulheres sobre a face da Terra, cuja beleza há de resistir a um acordar despenteada e sem reforçadores de beleza. Seus atributos mostram com clareza que ela dispensa qualquer camuflador de imperfeições estéticas, popularmente conhecidos como "reboque". Essa é a opinião oficial do renomado TXBI - Tio Xavier Beauty Institute -.

As mulheres russas em geral têm algo de especial que só a má distribuição geográfica de beleza explica. Engraçado que, mesmo em se tratando de terras supostamente atéias, os deuses de todos os credos nunca deixam de depositar suas bênçãos estéticas sobre a mulherada de lá. Fala sério...

Não importa se ela esteja como a adolescente Lily em Expresso para Kathmandu ou a ninfeta também Lilli em De volta à lagoa azul, a deliciosinha Leeloo de O quinto elemento (vide foto) ou a Alice não do País das Maravilhas, mas da inóspita Raccoon City de Resident Evil. A mulher é um desbunde e consegue ficar sensual até com barrigão de grávida, proeza de poucas como a Catherine Zeta-Jones (se duvida, assista à Traffic).

Neste domingo, dia das mães, fica registrada aqui a minha homenagem a todas as mães zelosas e dedicadas, claro que em especial à darling e à avó Xavier (e o medo né?). Mas dou destaque para Milla Jovovich, essa deusa ucraniana. De propósito pus uma foto bem despojada já que ela basta por si. Ai lóviu Milla [suspiro].

terça-feira, 5 de maio de 2009

Não vem mais?

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, cancelou nesta segunda-feira (4) a viagem que faria ao Brasil nesta quarta-feira (6), segundo o Itamaraty. Esta seria a primeira vez que ele visitaria o Brasil. Sabe-se lá a razão, sua assessoria ligou para os capatazes do Lula e pediram que aguardemos um novo agendamento.

Puxa vida, que chato! Um cara tão simpático, tão democrático, tão acolhedor. Agora esse monte de bichas, judeus, evangélicos e chatos de toda ordem se unem e ficam protestando contra a vinda do pobre homem. Acabaram desanimando a comitiva dele. Assim não dá. No dia seguinte esses mesmos grupelhos de chatos voltam a brigar entre si: os evangélicos falando que as bibas vão para o inferno, os judeus falando que Jesus não era o cara. Eita gentalha!

Melhor assim. Dá mais tempo pro Lula tentar treinar a pronúncia do sobrenome dele.

Desculpa seu Mahmoud. Depois o senhor vem.

Brasil emprestará sonda para turcos

A Petrobras anunciou hoje que assinou na Turquia um acordo pelo qual irá emprestar uma sonda de perfuração de poços para a estatal Turkish Petroleum Corporation (TPAO). Eu disse EMPRESTAR. Que acordo mais mané esse da Petrobras, hein? Digrátis...

Esses turcos são mãos-de-vaca mesmo. Nem pra pagar um aluguelzinho pelo equipamento. Depois não querem que a gente fale.

domingo, 3 de maio de 2009

Roteiro gastronômico do submundo 2009-1

Morar na periferia da metrópole e ficar com preguiça de ir pro fogão é um dilema. Como não sou afeito à tradição "fila-bóia-na-mãe" do proletariado, quando tento me dispensar de cozinhar no domingo - já que a darling cuida de outros afazeres - a tortura começa. As opções são duas básicas: rodar no mínimo quinze quilômetros até um lugar civilizado ou encarar arremedos de botequim que se auto-intitulam restaurantes.

Só que outro dia voltando da casa de uma amiga passei pela Av. São Miguel e avistei uma fachada grande ostentando o nome Chico Restaurante. Arisco com os estabelecimentos destas bandas eu apenas parei para observar. Sem referências ou indicações de clientes - essenciais nesse ramo - limitei-me a reparar que os carros estacionados à porta era beeeeem melhores que o meu corsinha velho. Toyotas, Hyundais e até um Chrysler bem novinho reluziam na rampa espaçosa. Considerei a possibilidade de que seja bom e esteja fora do mercado de "prato feito a cinco reais".

Fomos hoje. Acordamos ao meio-dia e decretei que sairíamos logo pra almoçar. Caso fizéssemos o breakfast encararíamos lugares lotados e retornaríamos atrasados para assistir à final do paulistão (Timão... Eô). Votos vencidos, a darling e o enteado embarcaram no meu possante e fomos encarar o Chico. Sem trocadilhos, por favor.

À porta haviam outros dos vistosos carros que custam mais do que o meu barraco. O gentil funcionário ao olhar meu humilde transporte sugeriu que eu parasse no estacionamento deles ao lado. Eu faria o mesmo se fosse o dono, afinal marketing é fundamental. Mas ao entrar já foi estranho não ser recepcionado por ninguém. Fomos andando devagar, tentando localizar uma mesa e só depois de acomodados é que apareceu uma moça trazendo cardápios. Sem maitre, sem recepcionista, tsc...

Trouxeram o que chamaram de couvert: três mini-pães franceses, um potinho com vinagrete e três manteigas em miniatura. Pobrezinho é apelido. Já o cardápio era satisfatório na variedade e economicamente acessível. Pedimos um filé à parmegiana. Só que acredite ou não o dito não acompanha fritas. Tive que pedi-las à parte. Embora o bife tenha me parecido de bom mignon, o molho estava ácido com gosto de enlatado. O arroz era quebradiço e as fritas bem que podiam ser daquelas de pacote congelado. Ao menos seriam seletas e uniformes. A aparência das que vieram era bem feia.

O que é digno de nota sobre muitos lugares que servem parmegiana é que os donos parecem não desconfiar de onde poderia vir o nome da iguaria. Dessa forma no Chico eu também tive que pedir pelo queijo parmesão. Vamos ver se os donos de restaurantes matam a charada: Parma... Parmesão... Parmegiana. Sacaram? Não, né? Não tem importância. Fora as mancadas acima, sobretudo o molho que merecia mais capricho, a bóia era comível.

Aleluia! Lá no Chico não havia guardanapos de papel. Somente grandes guardanapos brancos de pano para colocar no colo e fazer a limpeza trivial. Mas o garçom me trouxe um copo com um OGNI (objeto grudado não identificado). Reclamei educadamente e me trouxeram outro: MOLHADO. Complicado esse serviço de copa. Na parede do salão havia a hedionda televisão de cem polegadas. Porca miséria, o que há com donos de restaurantes que não conseguem manter o ambiente apenas com uma música suave? Ao menos essa não estava com o volume no último, mas televisão em restaurante devia dar de dois a cinco anos de reclusão.

Por fim pedi a conta e trouxeram-me a de outra mesa. Daria quase no mesmo, financeiramente falando. Mas não era a minha e um pouco de atenção pouparia o retrabalho. Junto com a troca pedi a máquina portátil de débito eletrônico da rede X. O garçom sem cerimônia disse pra eu pagar no caixa porque o aparelho estava recarregando a bateria. Podia ao menos ter pedido desculpas.

CONCLUSÃO: Preço acessível não justifica os deleixos que relatei acima. Um pouco mais de zelo não eleva custos. Mas no Chico dá para três adultos almoçarem modestamente por menos de oitenta reais ao todo. Pra não ir pro fogão no domingo, talvez eu retorne. Claro até eu achar um concorrente demonstre ser mais zeloso. Cotação no Guia Xavier: 6,5 pontos.

O Chico Restaurante fica na Av. São Miguel, 4779 - Ponte Rasa - Sampa.