Dentro de minha maneira peculiar de ver as coisas, acabei adotando uma "festa de fim de ano" com parte de meu círculo familiar mais próximo - os que moram em Sampa -, agora acrescido de minha querida nora. Do jeito que dá, arranjamos uma noite qualquer, no meio da semana mesmo, e vamos a um restaurante jantar juntos, coisa que praticamente não fazemos no restante do ano. No jantar comemoramos e brindamos às pequenas conquistas de cada um, mudanças que conseguimos imprimir em nossas vidas simples, mas que têm significado de renovação, muito mais do que os dígitos do calendário esvaziado.
Às vezes ocorre de algum de nós não trazer nada à mesa como marco na vida, mas isso não importa e fazê-lo não se trata de obrigatoriedade, senão para consigo mesmo. Nesse caso pode ser que a própria reunião sirva individualmente, quando deixamos um longo período passar liso e não inserimos nenhuma medida nova na vida, valendo então como questionamento. Se servir para isso, a reunião acabará por ser boa, mesmo para quem não declara nada. Dali para diante abre-se a chance de rever-se e reinventar-se, coisa que todos precisamos fazer, a todo e qualquer tempo.
Neste ano, entre outras coisas, celebramos minha certificação da pós-graduação, o término do ciclo I do ensino fundamental da caçula (vale dizer que com excelentes notas), uma promoção da nora, da qual ainda não sabemos bem as re$ultante$ e outra que, em minha opinião, foi a mais audaciosa de todas: a darling se matricular em um curso de licenciatura. Às vésperas de se aposentar de sua carreira administrativa, momento em que a maioria pensa em mofar em casa e sobreviver de minguado pecúlio, minha voluntariosa companheira enseja uma segunda carreira. Essa é minha companheira!
Ano novo de fato é isso minha gente! E podemos começá-lo em janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho...