sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Baixo calão no Senado

Noooofa gente! Estou estupefato. A troca de ofensas entre o Tasso e o Canalh(ops) Calheiros foi um horror. Até onde consegui assistir na web, um chamou o outro de dedo-sujo, coronel cangaceiro (e de terceira categoria!) e mais ainda: minoria com complexo de maioria. Esta última expressão chula eu nem sei o que quer dizer. Meu léxico de palavrões é limitado aos tradicionais e mais antigos.

Mas agora vem o pior. Eu não vi, mas quem viu disse que é verdade. Um teria mandado o outro a... como é que vou escrever? Estou constrangido. Bem, lá vai: à M-E-R-D-A. Que coisa horrorosa mandar o outro àquele lugar (merda é um lugar?) que é sinônimo de excremento intestinal. Realmente a nossa política está pela hora da morte. Basta lembrarmos que todos nós, este que escreve e os cinco leitores (sim, descobri mais um), jamais seríamos capazes de proferir em sã consciência coisas tão vilipendiosas e ofensivas.

Agora se alguém aí não cair no conto da hipocrisia e não estiver almejando entrar para a Liga das Senhoras Católicas ou para os Vicentinos, saberá que mandar à merda - se bem que eu ainda não tenho provas desse xingo - não será a pior das excrementações que os nobres parlamentares cometem com o meu, com o seu, com o nosso suado dinheirinho. O critério de decoro parlamentar deles é um bocado distinto dos conceitos da média da população, para quem mandar o colega de trabalho à merda ou quem sabe à puta que o pariu seja até saudável de vez em quando, podendo inclusive evitar AVC's e males cardíacos. Por mim eles que se mandem à merda, às putas que os pariram ou quiçá tomarem nos respectivos orifícios anais, também conhecidos como cus. Pouco importa, uma vez que eles fazem exatamente isso com o dinheiro dos pesados impostos recolhidos da população. Pelo menos de vez em quando eles devolvem a grana sob a forma de espetáculo circense. Circenses sem panis. Essas sim são as ofensas de fato.

Peço desculpas a todas as prostitutas que tomarem conhecimento destes apontamentos. Entendo perfeitamente que elas trabalham honestamente, alugam o que é delas e ganham o pão cotidiano às próprias custas. Com suor dos seus corpos são obrigadas a tolerar clientes dos mais grotescos, muitos com vocação para senadores esbravejantes.

A todas as putas venho manifestar meu desagravo e respeito. Faço questão de reiterar que nenhuma de vocês é mãe daqueles caras do Congresso e do Senado. Tomara.

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