sexta-feira, 15 de junho de 2007

Chumbo trocado dói?

Os gênios do Vaticano, pródigos que são nas posições conservadoras, continuam a defender seus princípios de fé a respeito do aborto com as mesmas premissas de sempre. Até aí é um direito deles e merece todo respeito.

Mas daí para recomendar que os católicos deixem de contribuir com a Anistia Internacional, por causa das divergências entre esta e aquela sobre o aborto é algo demais, não? Se tiver dúvidas leia aqui.

Vamos acatar essa insensata diretriz vaticanenense e levá-la às últimas conseqüências. O tio Xavier sugere algumas contrapartidas possíveis:

1) Que a Anistia Internacional recomende aos seus militantes que deixem de denunciar a violência contra sacerdotes e religiosas, por parte de governos autoritários e latifundiários.

2) Que todas as mulheres vítimas de estupros, incestos ou com gestações de risco mútuo se mandem para o Vaticano a fim de receberem a assistência financeira, médica e psicológica para superarem suas desgraças.

3) Que os rebentos frutos dessas gestações sejam todos criados pelo Vaticano, recebendo o melhor em educação, formação e conforto nas barras de saia cardinalícias, muito mais abastadas do que as de suas genitoras.

4) Que todo e qualquer bebê ancéfalo, depois de nascido seja mantido nos mais caros hospitais de cada localidade e a conta seja enviada ao Vaticano.

5) Ou então, que seja lançado o VatiMed: Um plano de saúde pública de alcance mundial, utilizável em qualquer hospital particular. Os cartões seriam enviados a todas as mulheres vítimas de violência sexual ou com disfunções uterinas, sem a necessidade de inscrição prévia. Todos os custos seriam bancados pela Igreja Católica Romana de cada país, que receberia as contra-faturas dos hospitais e pagaria as despesas imediatamente e em espécie.

6) Que os padres que não respeitem seus votos de castidade e protagonizem peripécias sexuais, vão trabalhar no mercado privado para dar o amparo financeiro cabível a cada caso, seja aos seus parceiros(as) sexuais ou ainda os filhos frutos desses relacionamentos.

7) E, finalmente que os eventuais casos de pedofilia protagonizados por clérigos sejam excepcionalmente tratados com penas de outro código religioso - o Islamismo - e, neste caso mediante amputações.

E então, aí pode?

Nenhum comentário: