sexta-feira, 17 de maio de 2013

E viva a abolição!

Terminando esta semana, em que lembramos a abolição de 1888, resta-nos questionar a escravidão moderna. Ela diluiu o personagem do fazendeiro do engenho em inúmeras pessoas jurídicas. 

O senhor do engenho moderno está no banco, que bota a mão em nossa paga e a controla. Está no hipermercado, do qual dependemos para comprar víveres. Está no hipotecador da casa em que moramos. Está na fábrica ou na empresa de serviços, de quem dependemos para exercer nossa profissão. Está no Estado, a nos cobrar conduta e tributo, sem nada nos devolver. Está na polícia, a nos manter no regime. Está, por fim, nas igrejas e nas mídias, na missão de nos dopar e conformar.

A escravidão moderna apenas dissimulou o senhor do engenho sisudo e tornou-o onipresente, com diversificadas facetas, agora sorridentes pelas mãos dos marqueteiros.

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