domingo, 29 de novembro de 2009

A saturação do transporte público

Semana passada alguns incidentes com o metrô de Sampa, incluindo uma inédita colisão entre trens fora de operação de madrugada, colocaram em cheque a segurança desse que já foi um exemplar transporte na cidade.

A fadiga atinge impiedosamente a tudo: pessoas, equipamentos e materiais. Até a Engenharia tem cálculos específico sobre a fadiga de materiais.

Alguns usaram a notícia para pichar, denegrir e maldizer o nosso bom e velho metrô. Eu mesmo já bloguei sobrei isso. Mas fui injusto, admito. Depois que vi essa foto, meu conceito mudou.

Se não estou enganado, esse exemplo de logística humana é na Índia.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Uma fatalidade com causa

A complexidade crescente do mundo e a frenetização das ações das pessoas são fatores capazes de neutralizar as ações pensadas e ponderadas, substituindo-as por um agir robotizado e cheio de falhas, sem o nosso diferencial que é o senso, o agir com sentido.

A cidade grande - floresta de hoje - é praticamente desprovidas de árvores e animais selvagens. Contudo é populada por outros perigos tão estressantes quanto eram no tempo em que vivíamos em grupos pequenos e habitávamos cavernas. Só que naqueles tempos, sem o trabalho sistemático, o homem conseguia ter um ócio posterior às situações de perigo, o que o recompunha. Hoje o estresse é ininterrupto e as atenções exigidas são múltiplas, muito além de nossa capacidade de dar foco com qualidade sobre alguma delas. São tempos agitados em que nós mesmos nos enveredamos em prol de algo que não sabemos dizer o quê. Talvez um bem-estar futuro, um tanto que incerto. Ou tudo isso é apenas a luta por sobreviver na selva moderna e seus perigos contemporâneos, talvez muito piores que os de outrora.

E foi assim que, involuntária e infortuniamente, uma jovem mãe aqui em Sampa saiu para trabalhar e, num súbito de mudança de trajeto, ao deixar a filha mais velha primeiro na escola esqueceu no carro a recém-nascida de seis meses, indo trabalhar. A pobre pequena foi abandonada na estufa em que se transforma um veículo fechado sob sol de 30ºC. A mãe só foi dar conta do ocorrido após horas, quando já era tarde e a fatalidade já havia se dado. O pai, acionado logo após a descoberta, abalou-se da universidade onde trabalha e mais adiante foi ter conta do alcance da desgraça familiar. Que trauma e culpa não lhes perseguirão pelo resto de suas vidas? Se eu fosse crente faria preces às dezenas pedindo que esse casal consiga conduzir-se após o ocorrido. Me resta torcer e talvez oferecer algum apoio, posto o pai ser pessoa do convívio diário de minha esposa.

O que está por trás desses lapsos, bugs cerebrais ou seja lá como os chamemos é o que a iluminada Monja Coen chama de "mente em piloto automático". Essa é a bandida do nosso alerta real, que nos rouba a capacidade de operar informações, de analisarmos com serenidade e tomarmos aquelas que nos parecerem as decisões mais adequadas. Reféns de nossas mentes enganosas, que fingem pensar, tornamo-nos autômatos. A rotina frenética e sem pausas é que nos substitui o papel de pensar e, assim, passamos ao papel de máquinas operatrizes, que seguem instruções programadas sem questionar a nenhuma delas. O mundo de hoje é um celeiro de mentes lesadas e conturbadas, que já não conseguem ponderar sobre as coisas e ocorrências. Um fazer-o-que-tem-que-ser-feito, seja lá o que isso signifique, toma o lugar do melhor de nossas faculdades mentais e - por que não dizer? - espirituais, no mais amplo sentido desta palavra.

É o espírito que nos faz presente, possibilitando que enxerguemos nuances das situações aparentemente cotidianas mas que, de fato, são distintas sempre e a cada segundo. Só que deixamos de percebê-las em profundidade. O "piloto-automático" é um estado de semi-torpidez que, qual um narcótico entorpecente, nos tira do melhor senso e faz-nos realizar as coisas sem questionar, sem dar nosso olhar que vê. Enxergamos mas não vemos, ouvimos mas não escutamos, somos tocados mas não sentimos.

Como sempre digo, a vida é feita de escolhas. Ao objetarmos algo através de escolhas irrefletidas nos tornamos o objeto dela. Nos "coisificamos" perante aquilo que escolhemos. Quanto menos crítica e presente tenha sido a ação seletiva, mais "coisa dela" nos tornamos. E, por fim, passamos nós a sermos os escolhidos e não mais os escolhedores. Assim sobretudo é a vida na cidade grande. "Escolhemos" trabalhar, estudar, ir à academia, depois correr para o curso de idiomas, ao supermercado, à oficina mecânica, ao médico e até ao que pensamos ser um lazer, mas geralmente não é senão um consumo de tempo a mais, sem a premissa da presença de espírito que caracterizaria um bom lazer. O agravante é que, em algum momento, jogamos fora o mapa da volta. Por isso não me espanta que pais e mães esqueçam filhos na escola, no carro, no supermercado. Antes de causa ou culpabilidade são mera consequência. Consequência dessas tantas escolhas irrefletidas que se apoderam de nós.

Tentar viver de uma maneira mais zen é a única salvação para a balbúrdia de vida na qual nos enfiamos em algum momento. Por isso recomendo a todos chutar o balde vez ou outra. Largar o carro em casa e andar à pé ou de transporte público. Enforcar uma aula, faltar à academia, visitar um amigo que não vemos há tempo, nos banharmos com a mão não-dominante ou comer idem, assistir a filmes diferentes, ouvir músicas diferentes, dizer "não" a algumas "obrigações", ainda que isso seja de certo modo custoso ou danoso. Em suma, desligar o maldito "piloto automático" que tira de nossas mãos as rédeas de nossas próprias vidas. Do contrário, deixaremos de "ser" para apenas "estar".

Que esse pobre pai e essa pobre mãe, que devem estar com uma culpa de toneladas sobre as consciências, recobrem de fato suas próprias conciências e consigam superar-se da tragédia. É meu sincero desejo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fracasso de quem?


A realidade das escolas públicas é sintomática. Alunos chegando a séries elevadas sem os requisitos mínimos de alfabetização e sem dominar conceitos científicos elementares. Em recente pesquisa do Ibope com a Fundação Victor Civita, intitulada "Perfil dos Diretores de Escola da Rede Pública", foram entrevistados 400 diretores de estabelecimentos públicos de 13 capitais. Dados alarmantes vieram à tona. Não se trata somente do desempenho dos alunos nos exames nacionais, posto esses lamentáveis indicadores já serem do conhecimento do público. Mas finalmente começa a ser estabelecida uma correlação entre o mau desempenho dos estudantes com a má gestão dos estabelecimentos.

Recomendo tirar as crianças da sala. Se você tem estômago fraco não leia o restante. Vamos aos dados:

  • 98% dos diretores não se vêem como responsáveis pelas notas de seu colégio;
  • 90% gastam a maior parte do tempo conferindo a merenda escolar;
  • 64% reconhecem-se não preparados para o ofício;
  • 36% desconhecem a nota de sua própria escola nas classificações oficiais;
  • 21% estão no cargo por indicação de políticos;
  • 50% está há menos de 2 anos no estabelecimento em questão;
  • 5% apenas, chegaram ao cargo por critérios técnicos.

O que esses números não falam de modo explícito é sobre a mentalidade miserável que os fundamenta. A questão do desempenho de uma escola, em linhas gerais, não deveria ser tratada de maneira tão distinta das empresas do universo capitalista. Se sob regime do capital o valor de uma empresa é medido pelo seu lucro, sua participação mercadológica e evolução patrimonial, a escola também pode ser avaliada, considerando que seu dividendo é o capital acumulado na aprendizagem de seus alunos. Isso também é mensurável. Se de fato o objetivo de uma escola é ensinar, não importa tanto qual é a matriz pedagógica adotada, mas sim se podemos avaliá-la através da medição científica da aprendizagem de seus alunos. Assim como uma empresa em declínio, na qual sua liquidez patrimonial desaba e seus passivos ficam a descoberto conduzindo-a à insolvência, também ocorre com a escola. Diferencia-se que o produto de seu trabalho defeituoso é uma multidão de alunos incapazes de ler com comprensão, resolver operações elementares ou demonstrar conhecimentos científicos básicos.

Neste ponto quero estabelecer outro paralelo do desempenho empresarial com o escolar: se na base de um fracasso empresarial podemos encontrar proprietários e gestores incapazes de conduzir os colaboradores ao sucesso econômico é quase certo que, legando alunos com mau desempenho, encontraremos equipes docentes que fracassaram, estas provavelmente (des)governadas por diretores e coordenadores incompetentes ou "apenas" descomprometidos. Infelizmente muitos de nós hão de conhecer coordenadores pedagógicos e diretores incapazes de fazer uma análise conjuntural da clientela de sua escola, desconhecedores dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e até incompetentes em grau suficiente a ponto de não saber elaborar um plano escolar adequado, com objetivos, metas e estratégias corretamente delineados.

Não pode ser bem sucedida uma navegação sem objetivo, sem metas e sem estratégias que são, respectivamente, o objetivo da empreitada, pontos de checagem e as ações operacionais. Escola sem plano parece-se bem com o dilema de Alice quando pergunta ao Mestre Gato qual o caminho a seguir, mas não sabe dizer aonde quer chegar. A resposta à pergunta mal formulada seria: "Nesse caso tanto faz, basta caminhar bastante." - como bem disse o gato -. Certamente é o que fazem esses diretores de escolas com mau desempenho. Não tendo objetivo, não há caminho, tampouco resultado decente.

Um bom dirigente nomeado para uma dessas escolas precisa compreender politicamente onde é que ela se situa, quais são as características da clientela de seu estabelecimento e o contexto social da comunidade. Tem que buscar a compreensão dos modelos e matrizes escolares que estão na mente de cada docente, para depois provocá-los com indagações a respeito do trabalho e finalidades da escola. Esse dirigente vai repautar e discutir o papel da escola e da docência com suas equipes, embasado pelos PCNs. Tanto melhor será se ele convocar todo o corpo escolar - incluindo docentes, funcionários da infraestrutura, pais e alunos - para debater o problema e traçar planos estratégicos imediatos, que se entrelacem com metas e, por último, com os objetivos cada vez mais amplos. Por fim, precisará avaliar as dificuldades de cada profissional e instrumentalizá-los propondo-lhe acesso a conhecimentos, estudos em grupo e atividades permanentes de formação, recheadas com bons mestres da educação e conhecimentos complementares, nas áreas da Didática, Psicologia e mesmo temas transversais da atualidade. Não é preciso dizer que tudo isso dá trabalho. Bastante.

Só é possível conseguir sucesso em uma empreitada conciliando-se objetivos claros, metas mensuráveis, atividades-meio, recursos materiais e o mais importante: profissionais convictos, orientados e capazes. Claro que uma postura ativa dessas em uma escola pública encadeará outras demandas mais amplas, no âmbito das reivindicações junto ao Estado. E como não dizer que isso também é papel do dirigente educacional?

domingo, 1 de novembro de 2009

Não perca por esperar

O tio não é vingativo. Jamais. Sou apenas um escorpiano que acredita que as leis da Natureza e os ciclos do deus Chronos colocam as pessoas em situações semelhantes, de tempos em tempos. É nesse intevalo que os seres mais preparados e iluminados do Universo são capazes de criar condições para reverter situações, a fim de revid... (ops!) digamos assim, retribuir gentilmente o que recebemos das pessoas, entende? Nada de vingança, nada de rancor. Apenas é uma característica dos escorpianos ter uma memória privilegiada. Explico:

Uma década e pouco atrás, a assistente do tio recebeu um telefonema de um dono de empresa interessado em um sistema de gestão empresarial. Justamente o que comercializo há mais de quinze anos ininterruptos. Dados anotados e data agendada pela eficaz colega, lá vai o tio encontrar-se com o suposto empresário. Não explicitarei aqui características étnicas ou religiosas do dito cujo, pois isso poderá servir para me acusarem de anti-qualquer-coisa, o que seria inverídico. Sou agnóstico, pluralista, estudioso da Filosofia e sei bem que comportamentos humanos têm pouco a ver com essas características de massa, mas são fruto de algo que chamo de pedigree humano. Um misto de qualidades advindas da linhagem familiar, tanto de modo inato quanto por socialização. Alguns conseguem superar parte das sinas de seus ascendentes, mas talvez não era o caso do bípede em questão.

Lá chegando, deparei-me com um sujeito de aparência e modos rudimentares. Era o dono de uma fábrica de velas que refletia exatamente a imagem dele. Me senti no século XIX e ao ver a precariedade das condições dos operários quase telefonei para Bakunin, mas o conceito de tempo me voltou à mente e desisti. A pergunta que me ocorreu foi: Será que, considerando o anacronismo deste lugar, esse sujeito compraria um bom sistema informatizado para gerir os seus negócios? À aparência negativa, tratei de todo o tempo manter-me teatralmente crente na hipótese positiva, apesar de a fabriqueta demonstrar que há centenas de anos nem um centavo fora investido em equipamentos, métodos, muito menos em condições de segurança operacional. Era aquilo que chamamos popularmente de moquifo.

Fiz uma demonstração com o meu notebook - na época um Toshiba de 200Kg! - porque nenhum dos computadores dele tinha condições mínimas para rodar o instalador do meu sistema. Todo tempo os comentários do "empresário" eram de que não precisava disto, essa outra função não era importante e coisas assim. Saquei de longe que a intenção era minimizar a relevância do produto, achando que com aquilo faríamos uma doação filantrópica para ele. Embora minha vontade fosse de me retirar eu toquei a reunião até o fim, quando ele me perguntou o preço. Não sei estabelecer a relação desse preço hoje, mas lembro era algo confortável para uma pequena empresa pois em outras empresas do mesmo porte meu sucesso era significativo. Dei-lhe uma tabela de preços e, sem delongar, fingi não ter ouvido seus comentários medíocres de que era caro, etc.. Zarpei e, como de costume, anotei um acompanhamento por telefone para os próximos dias.

Passada uma semana, a competente colega de trabalho telefonou para o cidadão. Qual não foi minha indignação ao saber que ela fora receptora de uma dezena de vocábulos impublicáveis neste seleto espaço. Pra você ter uma idéia, um dos palavrões que ele proferiu para a mulher incluía o nome popular do orifício sito ao final do reto. Segundo o nobre empresário, era um absurdo que um "programinha de computador" - palavras dele - custassem tanto e, enfim, a lista de impropérios torpes foi imensa. A coleguinha apenas desligou e deu a oportunidade de venda como encerrada. Ao fim da tarde, quando ela me contou eu cheguei a pensar em ligar para ele, mas fui demovido pela dama que já dava por demais ela ter ouvido o que ouviu. Disse que bastava sepultarmos a ficha daquele ser desprovido de qualitativos. Colega de nobreza. Assim, o assunto morreu.

Dois ou três anos depois o tio já estava trabalhando em outra empresa. Maior, de tecnologia mais sofisticada e de certo garbo, que incluíam um escritório na Av. Paulista e uma clientela onde constavam multinacionais renomadas. A secretária do departamento, desta vez era a adorável baiana "Nil" também competente. Certa feita ela encaminhou um agendamento para mim. Adivinha de onde e de quem era? Imagine então minha cara de espanto ao ver na ficha o nome daquele sujeito, da espelunca de sua propriedade, telefone e endereço tais e quais. Bem, well, seguindo as premissas do primeiro parágrafo, chegara a hora. Ri e pedi no ato que a colega ligasse para o hominídeo, mas que permanecesse na escuta para testemunhar e registrar os fatos. Ela o fez, inicialmente sem entender. Começa o diálogo:

- Alô, Sr. Schlebovitch*?

- É ele (sic!).

- Boa tarde, sou o Tio Xavier, da Acme Software Inc.* e o senhor ligou para nossa empresa procurando um sistema de gestão, correto?

- É. A moça falou que vai vim um cara aqui (sic). É você que vai vim (sic)?

- Não senhor.

- Então quem vai ser?

- Nem eu e nem ninguém desta empresa, sabia Schleb*?

- Como assim? Quem é você? Posso saber por quê?

- Como assim, é? O senhor por acaso ainda usa um programinha feito em Cobol há uns nove anos, certo?

- Uso, mas que é que você tem com isso? Quem é você?

- O que é que tenho? É que por acaso, em 1997, você recebeu a visita de um profissional da Acme Technologies Corp.*. Fui eu. Fiz-lhe uma simples oferta comercial e, não querendo, bastava-lhe rejeitar. Mas não. Ao receber a ligação da minha assistente dias depois você demonstrou uma baixeza inigualável. Falou uma série de palavrões para a moça, mostrando que não tem um pingo de educação básica, nem gabarito para possuir um computador. Quanto menos uma fábrica. Aliás, não tem pré-requisito nem para viver em sociedade. Por isso é que essa espelunca que você chama de empresa parece um porão escuro, é um nojo e você continuará para sempre usando a mesma porcaria de programa que usava nos seus micros 286. Você nunca vai evoluir e, por isso, a sua fabriqueta também não vai. Ela é seu reflexo.

Após uns trinta segundos mudo, certamente pego desprevenido ele recuperou-se:

- Quem é você? Eu quero falar com seu chefe agora!

- Quem tem chefe são grupos tribais pré-civilizados, compreende? Aqui tem diretores e um presidente. Mas eles jamais vão atender a um ser tão desprovido de espírito como você. Se quiser, ligue novamente no PABX e tente a sorte. O nome do presidente da nossa empresa é Frank Schulzenstein*. Mas ele só atende a pessoas socializadas e elevadas.

- Você vai ver com quem está falando! Eu vou aí nesse troço falar com alguma autoridade.

- Eu sei com quem falo. Sinto muito mas não sei o que é "troço". Aqui é uma renomada empresa e você sequer vai conseguir entrar com sua camiseta ensebada neste edifício. Pode tentar vestir uma roupa apresentável, mas seus modos mostrarão ao porteiro que não é do tipo de gente bem vinda aqui. Passar muito bem.

- Você vai ver se eu não apareço aí.

Por um instante achei até que ele tentaria. Esperei por mais um ano. Na verdade eu pagaria para que ele conseguisse entrar e chamássemos os seguranças para defenestrá-lo. Mas ele jamais foi.

Por que lembrei dessa história agora? Porque acessei a base de contatos recentes do site da empresa onde trabalho atualmente. Curiosamente, lá estava um pedido de informações de um tal Schlebovitch*. Isso mesmo: o dono da fabriqueta de velas, com o mesmo nome e endereço. Apenas fiz um comunicado à nossa telefonista, para que jamais dê atenção a um telefonema dele. Afinal, como novamente trabalho com uma empresa distinta e próspera, é meu dever selecionar a clientela. Certo, Schlebão?

O próximo, por favor.