O chá de bebê é uma das principais. É aceitável que uma fêmea da espécie humana sinta-se feliz por iniciar o desenvolvimento de um novo ser humano dentro de si, embora haja opiniões controversas a respeito. Mas podemos considerar até louvável que a neo-mãe compartilhe com seus pares a sua alegria pelo feito-fetal. Até aqui, tudo bem.
Só que sejamos racionais: quem terá sido a idiota ancéfala inventora do "chá-de-bebê"? Não falo do simples ato de reunir pessoas do convívio, para tornar público o fato da concepção. Tampouco que fosse cerimônia regada à chá, em um súbito de britanismo. O problema é que a denominação "chá-de-bebê", na verdade, traduz-se por reuniões onde se praticam rituais sem o menor senso de ridículo. E é exatamente por isso que esses eventos são fechados aos homens. Porque qualquer ser portador de cérebro completo - no caso nós do sexo masculino e meio por cento das fêmeas - não seria capaz de classificar as brincadeiras que as mulheres fazem nessas reuniões.
Ainda ontem a darling teria - providencial futuro do pretérito - que comparecer a uma dessas idiotices. Não bastando a insanidade da coisa em si, o troço ainda distava cerca de vinte e cinco quilômetros de nossa choupana. Juntando o pretexto da chuva, com um aniversário que teríamos do lado oposto da cidade e mais alguns argumentos reunidos por mim, de forma aquitetônica, finalmente consegui a adesão da darling para ela não ir. Cheguei a usar o fato de sequer existir dela para com a Laudislene* algo classificável como amizade. Para minha felicidade a minha amada sucumbiu aos meus apelos. Ufa!

Quando será que essas criaturas vão tentar usar os escassos neurônios para coisa melhor?
Um comentário:
Caro Tio Xavier, acabei de postar no meu blog minha aventura para adquirir um presente para um destes famigerados eventos. Por coincidência, passei por aqui e olha só do que está se falando.
Basta. Já decidi que não vou.
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