domingo, 30 de março de 2008

Moção de repúdio: Livros no lixo em Sampa

Venho por meio desta manifestar a ojeriza com que li a notícia do JT de 1º/02/08, republicada na revista Nova Escola de março. Já faz umas boas semanas, mas acreditam que seja possível a direção de uma escola pública jogar no lixo dezenas de livros em bom estado? Isso é muito sério! Como não gosto de palavras ao vento, seguem os dados do estabelecimento:
Escola Municipal Professora Ruth Lopes de Andrade
Rua Jundiapeba, 177 - Vila Zelina - São Paulo - SP
Fone (11) 2341-3992
Vice-diretora: Laíde da Costa Ribeiro Sales (palmas pra ela!)
Diretor(a): Não consegui descobrir (deve estar escondida debaixo da mesa)

Resumindo, a escola ensacou e depositou em uma calçada nas proximidades algo como QUATROCENTOS LIVROS diversos, incluindo obras literárias clássicas e autores de renome. Moradores encontraram o descarte cultural, recolheram e denunciaram o fato. Parabéns para todos os vizinhos.

A desculpa dada pela vice-diretora-bucha-de-canhão (o diretor ou diretora na ocasião tomou Doril) foi que os livros e o armário respectivo tinham sido atacados por insetos da espécie wababeelooba-wabenboon. No iluminado pensamento educacional dos (ir)responsáveis, os livros não tinham mais utilidade. Contudo, os moradores que recolheram os sacos comprovaram a mentira. Quase tudo estava em bom estado. O material foi reconduzido à SME e diz uma lenda que foi aberta uma sindicância para apurar os fatos. Só mais um detalhe: ao contrário os livros, o armário onde estiveram não foi descartado nem estava infectado. Talvez serviria para guardar pertences pessoais, acessórios de sex-shop, vídeos pornôs e sabe-se lá mais o quê.

Reflitamos: que merda de coordenadores educacionais em sã consciência jogam fora livros? Talvez preguiçosos da mais irrelevante qualidade. Desses que fajutam os planos educacionais da escola com firulas e parágrafos prolixos, mantém os pais o mais longe possível da escola e simulam ensinar. Quem sabe profissionais sem Ética e de Moral deficiente, incapazes de incentivar a leitura aos alunos. Desses que fingem ser educadores, quando vivem nas tetas do Estado, amparados pelo concurso público. Seres aproveitadores dos mecanismos de aprovação automática que - imaginam eles - os desoneram da responsabilidade da repetência escolar. Gente que pouco se importa se uma criança ingressa na escola, paga com os suados impostos dos cidadãos, e dela sai após o fim do Ensino Fundamental sem sequer saber escrever uma frase sucinta ou compreender um conto dos Irmãos Grimm (que também estavam no lixo).

Gentalha desse tipo merece, no máximo, engrossar as fileiras dos programas bolsa-miséria, almoçar no Bom Prato e pedir bilhete de desempregado nas filas da SPTrans, pra não dizer outras coisas.

Eu sentiria vergonha de olhar para um aluno por muito menos que isso. A propósito, alguém saberá dizer se os crápulas foram punidos? Agradeço informações.

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