Segundo algumas correntes de pensamento que misturam Biologia com esoterismo, no caso presente estou encerrando o meu sexto ciclo de vidas. Acontece que uma célula vive no máximo sete anos. Sendo assim, amanhã iniciarei meu sétimo ciclo celular que se encerrará ao têrmo do meu quadragésimo-nono ano.
Esse tempo significa muita coisa. Significa que hoje sou muito mais. Mais impaciente, mais intolerante, mais desbocado, mais saco cheio, mais fadigado, enfim mais chato do que vocês já conheceram. Chega desse papo babaca estilo: "eu não me troco por esses carinhas de vinte e cinco anos". Claro que se houvesse a possibilidade de eu esvaziar a alma de algum jovem e me apossar da carcaça dele eu o faria sem pestanejar. Aliás se alguma feiticeira de plantão souber a receita, pago bem pelo serviço executado.
Neste sábado receberei um seleto grupo de seletos amigos mais próximos. Algo modesto, caseiro e destinado apenas àqueles que de fato estão "sempre aí" quando o tio precisa e chamam-me quando estão no apuros. Os demais são colegas, parentes e grupos circunstancializados. Têm algum lugar na estima do tio, mas para os momentos como esse eu costumo mesmo restringir.
Inspirado por uma crônica que li dia desses não haverá apagamento velas. Nada de apagar. Se for para ter fogo, será para acender e mantê-lo como espero manter minha chama vital por mais algumas décadas, enquanto eu tiver qualidade de vida. À certa altura dos comes chamarei as pessoas para o bolo de sobremesa. Por favor sem cantoria nenhuma, tampouco "o tio faz anos, o azar é só dele". Azar para PQTP porque vencer quatro décadas e tanto de luta não foi fácil. Não é, aliás.

Parabéns pra mim. Meeeeeeesmo.
Um comentário:
EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!
"Tá na hora de apagar a velinha/Vamos cantar aquela musiquinha..."
Antes que você me mate sem nem me conhecer, quero te desejar os mais sinceros parabéns, de verdade. Que a cada dia você dê mais e mais valor a todas essas primaveras!
Muito sucesso!!!
Beijos!!!
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