quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Parece mais uma do Joãozinho (mas não é)

Em exame oral do curso de Medicina, o professor pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro - responde o aluno.
- Quatro? - replica o professor - . Este era daqueles tipos arrogantes, dos que se comprazem em tripudiar sobre o erro dos alunos.
- Traz um feixe de capim, pois temos um asno na sala de aula! - ordena o professor ao auxiliar.
- E para mim um cafezinho! - replicou o aluno.
Exasperou-se o professor, expulsando o aluno da sala.

O aluno era ninguém menos que o ainda jovem brasileiro Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895-1971), posteriormente mais conhecido como Barão de Itararé, título que se auto-concedeu para debochar da famosa batalha que não houve na Revolução de 1930. Fundador do semanário A Manha cujo nome satirizava com seu antigo patrão, o jornal A Manhã. Ao sair da sala, explicou a resposta ao furioso mestre:

- O senhor me perguntou quantos rins nós temos. Nós temos quatro: dois meus e dois teus. Tenha o senhor um bom apetite e delicia-te com o teu capim. Dispensarei o café.

Essa é uma das tantas que se conta de Apparício. E é suficente para nos perguntarmos: quantos talentos podem ser tolhidos diariamente por mestres idiotas e modelos educacionais idem? E o pior: quantos asnos será que prosperam e viram formadores de opinião? É para se pensar. Dia 27 próximo fará 35 anos do falecimento do brilhante jornalista e um dos pioneiros do jornalismo político brasileiro. De onde ele estiver, espero que possa interceder por nós, para não afundarmos o pais na futilidade e na burrice.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Barão é ótimo!