
O DJ foi perfeito. Eu só diria que fez um som um pouco pasteurizado, pois tivemos a sensação de estarmos dançando a mesma música a noite toda. Era daquela técnica de segurar os hits com um beat de fundo que fazia "cama" para praticamente todas as viradas. Se fica confortável para quem está dançando em estilo passinhos, por outro lado tira um pouco da surpresa do fade in/off. Mas longe de mim criticá-lo por isso. É apenas uma técnica, dentre as tantas possíveis.
Os preços, como em quase todo lugar onde pode se ir à noite em Sampa, poderiam ser mais honestos no que diz respeito ao consumo. Senão verifique:
- A entrada na casa, colocando o nome na lista previamente: R$13,00 (tias) e R$20,00 (tios). Até aqui está de bom tamanho.
- Um drink médio: R$13,00. Não parece muito para um drink preparado por um bar-tender. Mas pondere o fato de que mais da metade de um copo de 300ml vem preenchido com... gelo. Água congelada por R$25,00 o litro/Kg é uma afronta e um desrespeito ao consumidor. Faça a conta e conclua você mesmo.
- Uma Smirnoff Ice 350ml, rótulo vermelho: R$10,40. Sacanagem. Essa coisa custa na distribuidora R$1,80. No varejo encontramos no máximo por R$2,50. Aí entra a mais-valia que Marx desvendou.
- Uma cerveja Skol Beats ou similar (long neck): R$6,50. Cara, mas menos mau. Ninguém morre por isso. Exceto os caras que bebem 16046464097 cervejas por noite. Danem-se eles.
Nesse ritmo, o casal de tios aqui que bebe pouco gastou facinho R$85,00 entre ingressos e consumo de bebidas, pois não comemos nada nem ninguém por lá. Aí quando a recepcionista me deu a conta percebi um sutil ítem ao final chamado "serviço de mesa". Os tais 10% adicionados ao total consumido. Considerando que nos servimos no balcão do bar, imediatamente mandei subtrair o valor. Recomendo a todos fazerem o mesmo, ainda que ocupem mesa. Os preços exorbitantes já devem incluir a remuneração dos garçons.
Nota ZERO para o banheiro. No mesanino eu não sei, mas no térreo encontramos apenas dois e não havia indicações de feminino e o masculino. Durante a noitada sequer um mísero faxineiro faz a manutenção. Portanto somada a não-conservação à porquice tradicional dos freqüentadores de banheiros públicos, era dificultoso entrar no recinto em meio à pilha de papéis sujos, o cheiro fétido e o chão ensopado. Um verdadeiro nojo.
Estacionamento a casa não tem. O cliente fica refém de espeluncas ostentando placas de estacionamento ou dos gângsters do sistema Vallet-Park. Para quem não é de Sampa e não conhece esse modal de extorção, os serviços Vallet são aqueles que põem manobristas nas portas das casas noturnas e cobram entre dez e quinze reais pelo estacionamento. Só que seu carro em 99,9% das vezes fica na rua, incluindo locais de estacionamento proibido, canteiros e calçadas de pedestres.

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