quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Depuseram o rei

PQP. Abro os jornais eletrônicos hoje e em vários deles vejo a mesma e importantíssima notícia. Era sobre a eleição do rei-momo do carnaval baiano. Os melhores analistas políticos do país são uníssonos na compreensão. Nem a questão da transposição do São Francisco, nem a escassez de água nas barragens, nada disso é tão importante para o Brasil quanto essa questão.

Resuminho básico: No estado de Dona Canô os caras que cuidam do Carnaval elegeram um rei-momo que não se parece com um hipopótamo. O homem pesa menos de sessenta quilos. Ou seja, é um ser normal, saudável e não servirá de incentivo para que a pobraiada carnavalesca aumente os casos de AVC e infartos nos hospitais públicos. Mas não. O rei-momo tem que ser uma espécie de mamute paramentado.

O assunto é tão importante que o Ministério Público entrou na contenda. A promotora Heliete Viana entrou anteontem com uma ação civil pública para anular a escolha. Aidê Ouais, juíza substituta de não sei qual vara pública empenhou-se em anular a eleição. Tudo porque o Seo Clarindo, o tiozinho eleito, é magro. Nobres procuradores federais pagos com dinheiro do contribuinte, ao invés de se preocupar com denúncias de corrupção, desvio de dinheiro público, licitações fraudulentas e coisas assim, se engajaram nessa importante demanda monárquico-carnavalesca. Nada mais prioritário do que discutir a pança do rei-momo baiano.

Sem pança, no king.

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