domingo, 10 de maio de 2009

Ratos em Brasília

Durante reportagem do Fantástico no Ministério da Saúde neste domingo alguns ratos passeavam tranquilamente atrás da repórter Deliz Ortiz. ”Eu não imaginei que ratos passaram atrás de mim. Acho que se eu tivesse noção do que estava acontecendo atrás, eu não sei”, disse a repórter.

Rodrigo Rodrigues, da Vigilância Ambiental do DF citando o ocorrido afirmou que há inúmeras tocas de ratos atrás dos holofotes do Ministério da Saúde. Ocorre que as pessoas trabalham na Esplanada dos Ministérios e passam por ela. Sem muitas opções de onde comer, acabam comprando frutas, doces e queijo nas barraquinhas de rua dos arredores. O resultado é que há sempre um banquete para os ratos, com as sobras e o que cai no chão.

O cientista e veterinário Ângelo Boggio, que combate roedores há 50 anos, diz que uma fêmea pode ter 32 filhotes por ano. Segundo ele: “a população de roedores é maior do que a população humana. Quanto maior, não se sabe. Qualquer número que por acaso eu venha lhe dar seria chute”, aponta.

De qualquer modo é certo que diversas espécies de ratos proliferam em Brasília e não é só na Esplanada. A infestação inclui o Senado, o Congresso e mesmo o Palácio da Alvorada. Entre as espécies há os ratos eleitos, os ratos nomeados, os ratos concursados e até ratos togados. Disfarçados no meio de funcionários honestos eles se reproduzem em grandes quantidades. Diferente da ratazana citada pelo Dr. Ângelo, os ratos de terno e gravata podem reproduzir-se, apadrinhar e abrigar quantidades muito maiores de novos ratos todos os anos.

Um problema que dificilmente os veterinários conseguirão debelar. Quem sabe se com empenho dos eleitores, movimentos sociais e organizações autônomas essa peste não possa ser minimizada ou até extinta?

2 comentários:

Bizarro disse...

O que mais intriga os biólogos é que alguns ratos não eram ratos até ir a Brasilia.

Tio Xavier™ 4.5 Plus disse...

Ou eram ratos disfarçados de coelhinhos da páscoa.