sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Batom where?

Pois é meu caro leitor, minha cara leitora. Há gosto pra tudo. E atualmente impera o mau-gosto. O chulo, o vulgar e o xerxelento tomaram o lugar das coisas boas da vida e há gente que ainda paga por isso. Passando ontem às 16h tanto pelo início da Rodovia Ayrton Senna me deparei com esse belo ônibus de turnê:


Eu insisto: não é uma montagem. Isso existe mesmo. Comprovadamente há um grupo de pagode ou coisa de similar categoria que se chama "Batom na Cueca". Notem os semblantes sorridentes dos integrantes. Um deles deve ser o vocalista principal e sua alcunha artística há de terminar com "inho".

Pela catiguria dos nobres "músicos", a começar pela escolha do pomposo nome do grupo, podemos supor mais algumas coisas:
  • As fãs disso não sabem distingüir uma nota musical de um relincho.

  • O adjetivo VULGAR não quer dizer absolutamente nadas pra elas.

  • A formação cultural do fã-clube deve incluir programas de auditório como os de Gugu Liberato e do Faustão.

  • A formação escolar dos apreciadores disso situa-se no máximo em "lê e escreve".

  • O vocabulário dos que acompanham esse shows têm no máximo 150 verbetes, incluindo nomes próprios como Creudislene, Eudisvlaudo, Jocilenildo e Valdiscreiçu.

  • A seletividade sexual dessas pessoas, permite copular com qualquer espécie mesmo não catalogada pela Zoologia e sem culpa.

  • Essas pessoas compram telefones istériu com mp3 em 252 prestações e ouvem seus ídolos no trem, sem fone de ouvido.

  • O paladar dessas pessoas permite tomar a cerveja que patrocina o ônibus, mesmo sem gelo.

  • Depois da cerveja patrocinadora, esses seres apreciam caipirinha feita com Cavalinho e similares.

  • Portar CDs e DVDs desse tipo de "banda" enquadra-se no artigo 12 da lei 6368.
Fazer o quê né? Dizem que gosto não se discute. Ainda mais o mau.

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