quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Me explica de novo

A GM foi lá com o chapéu novamente pedir dinheiro público para o Obama. Alega estar sobrevivendo de um "empréstimo" anterior do próprio governo. Junto com o pedido de nova mesada expôs ao Departamento do Tesouro norte-americano um plano para fechar mais 14 fábricas, eliminar centenas de revendedores e cortar 47 mil empregos neste ano em todo o mundo. Certo... e agora ela está pedindo quase U$ 17 BIlhões.

O elefante está com as quatro patas quebradas. Entope-se de dinheiro de impostos que teoricamente deveriam destinar-se à assistência social, seguro-desemprego, saúde pública e educação, entre outras tantas coisas. Isso tudo sem nenhuma contrapartida social, nem garantia da continuidade dos empregos e ainda com promessa de extingüir completamente marcas "satélites" como a Hummer.

O Capitalismo é um sistema lindo. Adam Smith deve estar tomando um drink com o Satan a estas horas. Quando uma empresa de qualquer natureza arrebenta a boca do balão com lucros astronômicos, fazem festa na laje com champanhe da boa e ovas de esturjão, posa-se para fotógrafos da Forbes e da Fortune e fazem até "hola" na arquibancada. Os lucros - claro - vão todos para o bolso de meia-dúzia de investidores afortunados e outros tantos especuladores bursáteis.

Só que quando aparece a ineficiência, o balão da especulação estoura, o sistema entra em colapso, as apostas em ações naufragam e, enfim, a brincadeirinha de Banco Imobiliário despenca da mesa, entra em ação outro sistema: o Socialismo. Socializa-se a miséria, socializa-se o prejuízo com a sociedade e corre-se ao famigerado Estado. Este, que segundo os neoliberais deveria ser reduzido ao mínimo ou quem sabe extinto. Claro que o mínimo inclui as burras abertas para os especuladores chorões e os megamilionários que caem em penúria (leia-se diminuir em alguns pontos percentuais seus lucrinhos).

Eu tenho uma sugestão para resolver o problema habitacional que está assolando o trabalhador estadunidense. Por que não lotear as mansões gigantescas que os capitalistas mantêm nos subúrbios e nas cidades ultravalorizadas, transformando-as em pensões e hotéis para hospedar as famílias desempregadas? Por que não aliviar o estresse da classe operária, enviando-os para os hotéis estonteantes em Durbai, onde o dinheiro não tem nem religião pois certamente há judeus, muçulmanos, cristãos e xintoístas como cotistas nos mesmos prédios? Por que não pegar as frotas milionárias de Rolls Royces e Mercedes para emprestar para os desempregados procurarem trampo? Depois, claro, quando eles se arranjarem poderão mandar no lava-rápido e devolver, ora bolas.

Hoje me baixou o caboclo Bolchevique. Por estas e tantas que me convenço que só a expropriação das grandes riquezas será capaz de promover justiça social e eqüidade. E tenho dito, camaradas!

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