quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A bestialidade universitária

De novo. Notícia repetida. Estudante de Campinas aprovado na Anhangüera de Leme é agredido com requintes de filme Kulbrickiano, após comparecer na secretaria da faculdade. Os "veteranos" - assim chamados os seres desprovidos de massa encefálica que freqüentam a faculdade há mais de um semestre - chegaram a espancar o jovem, fazê-lo deitar-se sobre esterco animal e mais outra série de barbaridades, resultando em coma alcoólica do agredido.

Voltando de um cliente nesses dias, não pude deixar de reparar a turba estudantil de calouros que se amontoava sobre o viaduto Tutóia e arredores. Todos com as caras pintadas, roupas rasgadas e esmolando a título descarado de viabilizar a cervejada dos veteranos. Estes conduziam os quase indefesos novatos pelas ruas até amarrados em grupos como nem presidiários o são.

Já comentei antes aqui sobre esse tipo de idiotice AQUI sob um ponto de vista até que ameno. Mas a verdade é que olho para o trote como um tipo de atividade que expõe do ser humano sua faceta mais bestial e cruel, que se oculta sob rostinhos rosados e indumentária de marca. Não é possível que pais de veteranos, diretorias de universidades e mesmo o braço armado do Estado continue a ver nisso uma brincadeira ingênua e da "molecada", que é como adultos se referem a esses marmanjos com mais de vinte anos.

A complacência com esse tipo de comportamento dos algozes explica muito melhor os atos de vandalismo, os furtos, roubos, o envolvimento com narcotráfico e demais delitos dos cavalos (com o perdão dos eqüinos), que já têm idade para procriar, trabalhar e em suma o dever de ser úteis para a sociedade para ao menos justificar o consumo dos recursos do planeta. São jovens que não conhecem os sinônimos das palavras limite e respeito, certamente porque nunca ouviram de seus impensantes reprodutores (pais são outra coisa) uma palavra tão simplória e de significado tão conciso como NÃO.

Tenho uma triste, mas realista opinião sobre o que fazer com esses ditos "veteranos", já que eles preferem dar vazão a toda sua agressividade sobre colegas universitários recém-chegados: Uma vez que são dotados de razão e supostamente capazes de pensar - até porque foram capazes de preencher um questionário seletivo - mas OPTAM por ações vândalas, degeneradas e agressivas com os colegas recentes, têm que ser tratados como o que escolheram ser: MARGINAIS. E para marginais, delinqüentes e similares sugiro começar com cacetete de borracha nas costas até deixar vergão. Daí para o camburão, o xadrez ou - por que não? - colônias de trabalho pesado. O trabalho forja o homem.

Por muito menos que isso e injustamente costumo ver a polícia descer o sarrafo, como na recente e legítima passeata estudantil no RS. Para isso o Estado é bom e eficiente né? Já no caso dos filhinhos de papai "troteiros"...

3 comentários:

Bloody Mary disse...

Clap clap clap!

Tia Paula disse...

Tio, concordo com tudo que você disse mas tem uma coisa: viste o tamanho do rapaz? Não é possível que mais uns dez destes juntos, se quisessem, não teriam botado os tais veteranos pra correr.
A calourada colabora e acha graça - e quando a coisa passa do limite já é tarde pra parar.

Red disse...

Concordo com tudo, uncle, embora também reforce o comentário de tia Paula sobre a completa aceitação dos calouros. Não me recordo de ter enfrentado isso. Quando entrei na faculdade, doei sangue para comemorar meu dia de caloura. E só!