sábado, 1 de julho de 2006

Poesia não se comenta, se degusta

Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada
Assim como as canções, como as paixões e as palavras
Me veja nos seus olhos, na minha cara lavada
Me venha sem saber se sou fogo ou se sou água
Amor, meu grande amor, me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente

Pois tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho desde o fim até o começo

Amor, meu grande amor, só dure o tempo que mereça
E quando me quiser, que seja de qualquer maneira
Enquanto me tiver que eu seja a última e a primeira
E quando eu te encontrar,
meu grande amor, por favor, me reconheça

Pois tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho desde o fim até o começo

© Ângela Ro Ro e Ana Terra, 1979

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