terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vivendo sem Bill Gates

O tio está comemorando uma semana sem Bill Gates. O micro de casa - por sinal este que estou usando agora - pegou um vírus cavalar. O danado - não obstante os trocentos cuidados que o tio toma mandando para o inferno e-mails com .PPT, correntes, jogando sem dó nem piedade e-mails no spam só porque contém palavras suspeitas e escaneando tudo o que passa a menos de um metro do PC - começou a ferrar com tudo. Nada foi suficiente para combatê-lo. Após anos sem saber o que era vírus, caí na desgraça e a solução era formatar.

A praga veio pelo pendrive, após o tio pegar um backup de um cliente e trazê-lo para analisar. O troço foi rápido, se instalou na surdina e ficou quietinho de tal forma que o antivírus e o antispyware só foram se tocar quando ele havia fincado bandeira na área de inicialização do HD principal e, provavelmente agora do HD secundário.

Depois de tentar todo tipo de remédio, despacho em encruzilhada, sessão de descarrego da IURD, promessa para santo e nada resolver, cheguei à conclusão de podia ser um aviso de Alá para eu me livrar da ferramenta de Satã e aderir ao mundo livre. E lá fui eu pela enésima vez, desde 1999 tentar uma versão de Linux. Desta vez o escolhido foi o Ubuntu, que o meu prezado enteado comprou - a preço de pastel de feira, claro - e possui instalado no notebook dele. No HP que ele comprou, o troço instalou-se por completo. Agora era minha vez.

Coloquei o disco na bandeja do DVDRom e dei start. Pasme! O sistema inicializado pelo disco subiu como um foguete sem me fazer uma pergunta. Logo que entrou no ar, vi um desktop bonito e limpo. Internet funcionando perfeitamente. Dispositivos de áudio, vídeo, tudo excelente. Nos aplicativos que vêm junto no CD, alguns velhos conhecidos com quem simpatizo deveras, entre eles o BROffice da Sun que me permitiu abandonar a suíte da Microsoft há uns quatro ou cinco anos. Tudo muito intuitivo, simples, gráfico e simpático.

Então vi um botão onde dizia "instalar o Ubuntu no HD" e cliquei sem dó. Acredite: a única coisa que tive que dizer pra ele era que podia usar e abusar do C: sem dó nem piedade, já que só tinha o Ruindols Chispê (infectado) e programas para os quais eu tinha substitutos. Dei OK e iniciei uma nova vida. Hoje sou um um novo homem, livre dos vícios, das drogas e da pirataria. Estou vivendo bem com meu Pentium-IV montado, com 1,7GHz de clock e 1GB de memória Ram.

Já instalei uma cacetada de programas úteis e até para o meu caro 7-Zip do qual eu não encontrei versão para Linux, tive uma saída chamada Wine. Este carinha lê arquivos padrão InstalShield e ao instalar um programa for Windows, cria um ambiente virtual onde boa parte dos programas preparados para a plataforma do Bill Gates consegue rodar. Tapeadinhos na buena.

Invente, tente, faça algo diferente. Você também pode.

Um comentário:

Carlota disse...

Nossa, Tio... Não entendi lhufas da linguagem Linux, mas vou confessar: fiquei deveras atraída pela expressão "livre dos vícios, das drogas e da pirataria".
Parabéns, com uma pontinha de inveja! ;)