quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Ele acreditou!

- Alo, tio?
- Sim, sou eu. Quem está a falar?
- Oi sou o John Webster*, da Parts Company*, lembra?
- Com certeza!. Em que posso ser útil?
- Sabe aquela impressora térmica que você nos vendeu?
- Sim, já faz uns três anos ou mais né?
- É, pois então acho que ela está com problemas.
- Certo, que tipo de problema?
- Ela não dá mais aquele salto para destacarmos a etiqueta, quando termina a impressão.
- E você mudaram alguma coisa no ambiente?
- Só o software de gestão.
- Ahn... só? Puxa, pensei que vocês tivessem mudado algo significativo.
- Então, mas tem algo esquisito tio.
- O que?
- A gente ainda tem o outro software funcionando. Quando a gente imprime por ele, ela faz tudo direitinho. Ela só dá problemas no software novo.
- Hum, isso não lhe sugere alguma coisa?
- Não sei.
- Nem desconfia?
- Desconfio de quem?
- Não é de quem, é do quê!
- Ahn... desconfiar do quê?
- (...)
- Ah, viu tio: e eu imprimo pelo Word, por exemplo e ela faz direito também.
- Então que lhe parece?
- Então o quê tio?
- Amigo, seu sistema novo não está mandando o script de comandos certo para ela.
- E como eu faço para mandar os comandos certos?
- Programando direito no seu software.
- E quais são esses comandos?
- Olha, esse trabalho é feito por um analista nosso, que agenda uma visita para orientação das configurações, comandos, etc., para que o seu programador coloque as instruções certas.
- E isso tem custo?
- Não, imagina! Os meus analistas são militantes de uma sociedade beneficente chamada FPW: Free Programmers of the World.
- E eles não cobram nada?
(Ai meu Deus!)
- Quando podem vir aqui?
- Você só vai ter que ouvir uma palestra, depois que um deles lhe prestar o serviço gratuito.
- Palestra sobre o que?
(Eu quero morrer!)
- O tema é "Como viver de luz, sem necessidade de alimentos".
- Eu nunca tinha ouvido falar sobre isso, tio!
- E também eles são naturistas. Andam pelados o tempo todo.
- Credo!
- E mais: Eles só andam à pé. Por isso, qualquer um deles demorará dois ou três dias para chegar na sua empresa.
- Tio, cê tá zuando?
- Que isso, amigo, jamais!
- Ah bom. E quando dá pra vir um cara?
(Desliguei o telefone na cara dele)

Eu preciso mesmo lidar com esse tipo de gente?

2 comentários:

Anônimo disse...

Faça como eu, Xavs. Mude de ramo, antes que a idéia de um homicídio por empalamento de teclado num babaca destes comece a se tornar muito atraente.

Anônimo disse...

Não chia Xavs...tanta profissão mais decente, como pedreiro, e voce foi mexer com Informatica. Agora não reclama...

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