quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Caixinha de Natal?

Fala sério. Existe coisa mais imbecil, pobre, medíocre e sem razão do que essa maldita mania de os serviçais pedirem caixinha de Natal? Analise: o manobrista do estacionamento recebe salário para manobrar os carros. O balconista da padaria recebe salário para atender ao balcão. O porteiro recebe salário para dorm... quero dizer, para... Aliás, para que serve um porteiro nos dias atuais? O mais engraçado ainda é que alguns deles falam - sempre pelo nariz - algo como: "Cuméquié? O sinhô rai falá cum quem?" e qualquer que seja a resposta liberam a passagem.

Pior ainda quando o cara pergunta o nome do visitante. Outro dia respondi "Abraham Lincoln" e o porteiro exclamou um "Ah", como se tivesse alguma idéia de quem se tratasse e mandou entrar. É por isso que entra tanto larápio e punguista em prédio. Mas no fim do ano, sobre a mesa da portaria está lá: a infalível caixa de sapatos embrulhada em papel de presente surrado, com um corte em cima para algum trouxa colocar dinheiro.

E o lixeiro? Você já se perguntou o que ele esperava do trabalho dele quando foi à porta da "Engenharia Ambiental"? Esse é o novo nome tucanês para a antiga "Firma do Lixo". Que me diz do carteiro? Dos entregadores das contas de luz e água? Todos não são registrados, assalariados e não têm 13º? Agora me explica por que essa trempa toda acha que os cidadãos, que pagam o estacionamento, o condomínio, o IPTU com taxa do lixo, a tarifa de Correio e as tarifas de consumo já sustentando inclusive o trabalho deles, ainda tem que dar caixinha no Natal? Por quê?

Se for assim, então o tio aqui que não tem salário fixo, não tem 13º, não tem nem férias, mereceria muito mais um agrado. Tive uma idéia: vou cobrar caixinhas desses pentelhos assalariados. Quando eu avistar a primeira caixa embrulhada vou meter a mão dentro, apanhar algumas moedas e agradecer ao idiota que a pôs no balcão. Direi "Você adivinhou que eu tava precisando". Deixa comigo.

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