
Abundavam vizinhos aos portões para assistir à linda performance. Eu tratei foi de entrar em casa o mais rápido que pude. Sinto vergonha daquilo, ainda que nada tenha a ver comigo. É cafona demais, é brega demais. O amor estardalhante, que precisa de amplificadores tem algo de doentio - quiçá até de superficial - dado precisar de projeção, no sentido mais psicanalítico da palavra. Não tem nada de singelo, nem da profundeza de um olhar silencioso, nem do toque sutil sobre as mãos da pessoa amada, do afago terno ou do beijo roubado em segredo. Nada. É feito de chuva de papel laminado, som no último e salva de rojões. Juro pra vocês que teve tudo isso.
O amor espalhafatoso é brega, muito brega. As canções de amor entonadadas pelos pagodeiros e sertanejos (foi o repertório que ouvi) adicionam cafonice ao que por si já não precisava mais. E no caso citado, ainda mais pé-no-saco quando não me deixa ouvir o que o âncora do jornal está dizendo.
O Kassab tem que autorizar os cidadãos a atirar granadas sobre os carros de som. Senão não vai levar meu voto.
4 comentários:
O que aconteceu com aquele ditado que diz que "menos é mais"???
Afff... coisa horrível...
Titio, o amado Kassa já proibiu esse tipo de merda. Denuncie e as loucuras de amor verão loucuras de multas.
´Poxa...e eu que pensava em te "brindar" no aniversário com uma dessas...hahahaha.
Puxa colegas me desculpem mais vcs são mau amados demais,o que tem de mais alguém declarar o amor,não quer ouvir se tranca em casa.
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