terça-feira, 23 de outubro de 2007

No dos outros é refrigerante

O presidente Lula-Lelé decretou, sancionou uma lei, encaminhou um projeto ou sei lá qual é o dispositivo, mas que enfim proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos à beira de estradas federais. Ele só fez isso porque não viaja de carro pelas estradas e sim de aerolula, belo e folgado, bebendo à vontade. Puta cara egoísta, viu?

A medida é inócua. Veja bem o que vai acontecer: os motoristas bebuns e irresponsáveis - perdão pelo pleonasmo - vão apenas adentrar alguns metros nas cidadelas durante o percurso. Lá encherão os miolos, já moles, de mais cachaça e voltarão para a rodovia para continuar fazendo merda, pondo em risco a vida alheia. Por tabela, ainda vão rodar mais e poluir mais, aumentando o aquecimento global. Desgraça pouca é bobagem.

O tio Xavier, mais uma vez, tem a solução para o problema: Descarregar cumulativamente nas bebidas alcoólicas toda a alíquota tributária que incide sobre o álcool combustível e isentar este de tributos. Isso fará com que o setor sucro-alcooleiro prefira vender o produto-base às companhias de combustível, ao invés de fazê-lo aos engarrafadores de bebida. E mesmo os produtores de cana que fabricam bebidas, vão preferir vender álcool combustível ao invés de cachaça.

Com o aumento da oferta e a isenção tributária, o preço do etanol despencará e todo mundo vai converter os carros. O ar ficará limpo, o país reduzirá a importação de petróleo para zero e a balança comercial dará saltos positivos nunca antes vistos na história deste país. De quebra, teremos mais créditos de carbono para vender para os ianques e europeus, podendo aplicar a grana em programas de inclusão social.

Esses governantes não sabem de nada.

Tio Xavier para Ministro da Agricultura já! E em 2010 para presidente!

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